domingo, março 30, 2008

Devworks: Entrevista com Marcelo Carvalho

A Devworks é uma empresa Brasileira que desenvolve jogos para diversas plataformas e atualmente tem direcionado o seu foco para mundos virtuais e jogos online. Fundanda em 1999, a Devworks é dirigida até hoje pelos seus sócios fundadores, engenheiros de computação formados pelo ITA, com grande experiência no mercado em que atuam, inclusive com publicações internacionais. O faturamento anual da empresa é de R$1 milhão.

Marcelo Carvalho
é Sócio Fundador da empresa, foi também Presidente da ABRAGAMES (2005-2006). No 2007 coordenou a equipe de produção para o lançamento do Second Life no Brasil. É formado Engenharia de Computação no ITA e possui mestrado Inteligência Artificial (Jogos eletrônicos) no Instituto de Matemática e Estatística da USP.

Obrigado Marcelo por conceder gentilmente esta entrevista!!!

(S.B) Imagino que produzir um vídeo game envolve a participação de uma equipe interdisciplinar. De certa forma poderíamos fazer algum tipo de analogia com a produção de um filme, onde existem os roteiristas, equipes de filmagem, atores, diretor, especialistas em som, vestuário, etc. Como é o processo criativo de desenvolver um jogo de vídeo game?

(M.C) É realmente algo tão complexo quanto um filme, o processo criativo acaba correndo em várias etapas e por diversas pessoas. Geralmente o "Lead Game Designer" é responsável pela criação do jogo, junto com diretores criativos, outros game designers e os level designers (que projetam as fases/mapas do jogo). Mas, na prática, existe a participação de um número muito maior de pessoas. Para citar exemplos, o produtor e o produtor executivo participam trazendo uma visão de negócios ao processo criativo, também os gamemasters recebem o feedback da comunidade, os artistas criam todos os elementos visuais do jogo e por aí vai. Como o jogo é criado e produzido com muitas mãos (inclusive a dos usuários), é preciso pessoas experientes no corpo executivo para garantir que exista foco e que o jogo aconteça dentros dos prazos e custos agendados.

De que forma a Devworks investe na produção de jogos (desenvolve por encomenda, cria um projeto e investe na sua produção apostando no seu sucesso)?

Por muito tempo, a Devworks desenvolveu jogos sob encomenda, na forma de serviços, e mesmo tendo sido bem sucedida nesse período, a vocação da empresa sempre foi a criação de produtos voltados para o mercado consumidor. Durante esse período, a empresa experimentou um grande amadurecimento o que a permitiu migrar para esse modelo voltado a produtos, onde seu principal foco hoje está direcionado ao mercado online. A vantagem maior desse modelo é o ganho de escala nos resultados financeiros, uma vez que são realizados grandes investimentos no desenvolvimento e na publicação, mas um grande sucesso em termos de usuários e receita não implica em grandes custos operacionais. É um modelo de alto retorno e de alto risco, porém esse risco pode ser muito minimizado se o jogo é desenvolvido com profissionais experientes (como fazem as empresas fora do Brasil).

Qual o tamanho (em r$) do mercado de vídeo games Brasileiro? E como se posiciona a Devworks neste mercado?

Infelizmente, não existem pesquisas que forneçam informações precisas do mercado brasileiro, mas estima-se que seja um mercado de pouco mais de 250 milhões de Reais e com um grande potencial ainda a ser explorado.Boa parte dessa receita hoje se encontra na mão de empresas que trazem jogos do exterior e publicam no Brasil, enquanto os desenvolvedores brasileiros ainda respondem por uma fatia pequena desse total. O motivo principal é justamente a falta de recursos financeiros, uma vez que o custo de licenciamento de um jogo é menos de 5% ou 10% dos custos de desenvolvimento do mesmo. A Devworks é uma empresa de desenvolvimento e somente publica seus próprios jogos. Dentre os desenvolvedores brasileiros, a empresa ocupa posição de destaque, sendo considerada uma das principais empresas estabelecidas. E uma das poucas de toda a indústria de jogos brasileira que possui histórico de relativo sucesso em produtos desenvolvidos e publicados no Brasil (outras apresentam sucesso com serviços, outras com publicação de produtos, porém desenvolvidos no exterior e outras prometem sucesso porém seu produto ainda se encontra em desenvolvimento).

O desenvolvimento de um vídeo game requer de financiamento, e dinheiro sempre é um recurso escasso. Como a Devworks escolhe os projetos nos quais investir?

Por vezes, em outras empresas, existe um envolvimento emocional maior em um projeto de jogo do que em um projeto de software, justamente porque o jogo mexe com a fantasia das pessoas e apresenta muitas questões aparentemente subjetivas. Como também não acontece no mercado de software, alguém que dedica muito tempo a jogar costuma se sentir um especialista e capaz de opinar no processo de produção de um jogo. E mesmo alguns desenvolvedores com alguma experiência por vezes entram no ciclo de desenvolver jogos para eles próprios e não para seus usuários. Essas e outras questões costumam explicar o fracasso de diversos produtos. Mas a verdade é uma só. O processo de análise de investimento de um jogo é (e precisa ser) exatamente igual ao de outras indústrias. A Devworks escolhe seus projetos essencialmente baseando-se nos riscos envolvidos e no seu potencial de retorno, além do alinhamento dos mesmos com a estratégia e missão da empresa.

Atualmente existe alguma linha de credito do governo para fomentar empresas como a Devworks?

Existem linhas de crédito do governo, mas nenhuma ainda focada em empresas que desenvolvem jogos eletrônicos. Mas existem alternativas que acabam se encaixando por mais que o acesso a elas não seja trivial e exija garantias. Existem linhas de financiamento não-reembolsáveis, essas são geralmente voltadas apenas a custos com pesquisa. Dentre as reembolsáveis, existem algumas oportunidades na FINEP e no BNDES (estuda-se atualmente a produção de linhas mais voltadas para os jogos, assim como existe no cinema). A presença de um investidor costuma simplifcar o acesso a algumas linhas também, uma vez que isso acaba sendo interpretado como uma forma de garantia por parte das financiadoras.

Marcelo, segundo suas projeções, para onde você acredita que o mercado de vídeo games no Brasil esta caminhando?

O mercado de vídeo games no brasil está ganhando contornos muito particulares. Como os consoles de videogame e os PCs sofrem de pirataria e de problemas com tributos, os mercados de celular e online ganharam mais força. Já é possível citar hoje caso de jogo online que tenha faturado mais de 5 milhões de Reais em 1 ano no Brasil. É claro que isso está bem loja do pico internacional, onde um único jogo online ("World of Warcraft") faturou mais de 1 bilhão de dólares em 2007. Mas esse exemplo esclarece bem porque a indústria de desenvolvimento de jogos no Brasil pode ser muito grande. Porque um jogo online que desenvolvido aqui seja sucesso no Brasil, pode ser publicado internacionalmente com custo muito baixo, uma vez que para sua operação no exterior o mesmo só exige o hosting (cujos custos nos EUA são até menores que no Brasil), o suporte em inglês (que pode ser pequeno e crescer gradualmente com o sucesso do produto), a tradução do jogo e do site para inglês (onde os custos não são significativos) e a adaptação do sistema de cobrança (muitas empresas já fornecem essa solução pronta no exterior sem custos fixos). É claro que é preciso incluir a questão do marketing nessa conta, mas é muito comum observar produtos que deram muito certo com verbas de marketing pouco expressivas. Existem muitos modelos de negócio possíveis nesse mercado de jogos online, mas é comum ver jogos que funcionam no modelo de assinatura e cobram mensalidade de US$14,90. Para um jogo produzido no Brasil e publicado internacionalmente, não seria muito difícil atingir 35.000 assinantes, o que já significaria uma receita de mais de 10 milhões de Reais no ano. E sempre existe o risco de que esse número seja muito maior. Por isso que, apesar de saber que diversos segmentos de jogos irão se desenvolver aqui no Brasil, acredito que haverá mais dinheiro sendo investido no desenvolvimento de jogos online nos próximos anos, quando ficar mais vísivel para empresas e investidores o tamanho do potencial que existe no mercado internacional (existe o caso de jogos que receberam investimentos significativos e um deles será lançado ainda esse ano no Brasil e internacionalmente em 2009. Um eventual sucesso desse jogo poderia antecipar o início da corrida dos investimentos no setor).

Se você tivesse que enumerar as principais dificuldades que o negócio de vídeo games (e a Devworks) enfrentam no Brasil, quais seriam?

Do ponto de vista do desenvolvimento, o principal problema é a ausência de recursos financeiros no setor. Porém outras dificuldades existem como o caso da falta de profissionais especializados (problema esse que vem sendo resolvido com o passar do tempo). Alguns desenvolvedores sofrem com problemas de pirataria e impostos, problemas esses que não existem de forma crítica nos jogos para celular e principalmente nos jogos online (quando uso o termo "jogos online", geralmente estou fazendo referência aos MMOGs, Massive Multiplayer Online Games). Nos jogos multiplayer, o "controle da licença" do usuário se encontra no servidor (não na máquina do usuário) e por isso a pirataria não afeta esse mercado.

Veremos em algum momento a Devworks com capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo?

Veremos isso acontecer um dia sim, mas essa realidade ainda não se encontra no curto em no médio prazo da empresa.

Se um investidor estiver interessado em participar financeiramente no desenvolvimento de um vídeo game, e obviamente depois participar porcentualmente em parte dos lucros. A Devworks possui algum tipo de canal para receber aos investidores interessados?

Durante os últimos anos, a Devworks trabalhou no sentido de se preparar para receber grandes investimentos, porém até o momento sem realizar nenhuma busca nesse sentido. Recebendo investimentos prematuramente, os riscos seriam desnecessariamente maiores e a empresa poderia ser sacrificada nesse processo (como aconteceu com outras empresas do mercado de jogos). O momento hoje é diferente e a empresa se encontra em fase final de preparação de um produto voltado a mundos virtuais e jogos online visando o mercado internacional. O primeiro grande sucesso dos mundos virtuais, o Second Life propõe a criação de um mundo virtual de propósito genérico. Existem grandes investimentos de capital de risco no exterior voltados na direção de outros mundos virtuais, alguns de propósito mais específico. E é nessa mistura de mundos virtuais e jogos online, que a Devworks pretende captar investimentos para lançar um ousado produto internacional. Para tanto, a empresa ainda não possui canal específico para receber os investidores, mas pode receber o primeiro contato através do e-mail contato@devworks.com.br.

(Abaixar o arquivo com a entrevista completa)

Mais uma vez, Obrigado Marcelo...
Boa Semana, Bons Negócios!


domingo, março 23, 2008

O estágio crítico.

“Sguendo um etduso da Uvnidridase de Cmarbridge, não iprotma a odrem na que as ltreas etsão eriscats, a úicna csioa que iprotma é que a pmeriira e a útimla ltrea ejastem eriscats na pisçoão crotrea. O rseto pedom etsar tatonelmete mal e msemo aissm pedroá ser lido sem prebloams. Itso é prouqe não lmoes cdaa ltrea por se msema, mas sim a plaavra cmoo um tdoo.”

Cssurioo? E funciona independentemente da língua...

O estágio atual nos mercados pode parecer, em sua primeira leitura, tão confuso como a frase acima. Porem, não foge do padrão de instabilidade e volatilidade de crises anteriores.
Para os historiadores cada evento é único. Para os economistas, existe um padrão em eventos particulares, dos quais pode-se esperar e induzir respostas similares.
Lord Overstone, identificou cinco estágios de euforia antes de que aconteça uma crise financeira:


  1. Quietude,
  2. Melhoria,
  3. Confiança,
  4. Prosperidade,
  5. Emoção,
  6. Crash (Crise Financeira ou Convulsão),
  7. Estagnação,
  8. Final e... Volta à Quietude.
Você pode tentar identificar (no gráfico da Bovespa acima) os estágios pelos quais fomos atravessando e concluir em qual estágio nos encontramos atualmente.

Pode fazer o intento sem temor de cometer algum erro. A interpretação dos fatos vai depender do analise de cada investidor... Ou de cada político... Até mesmo de cada economista, ainda mais se pertencem a diferentes escolas.

Nota: A velocidade com que acontece uma crise é variável, desde seu inicio até sua finalização.

Definitivamente não estamos ante uma crise similar a Grande Depressão de 1929 (não por enquanto). Mesmo hoje, quase 80 anos depois, ainda existem diferentes teorias sobre o que causou a Grande Depressão. As duas principais são: 1. O Crash da Bolsa Americana; 2. Uma serie de erros sucessivos do FED daquela época que estrangulou a disponibilidade do crédito justo quando deveria ter feito o contrario.


Com tudo isto na sua mente, seria interessante começar olhar para frente. O mais longe que você puder... Tentar ganhar dinheiro no curto ou curtíssimo prazo pode ser uma opção, caso seja seu estilo.

Refletir e avaliar cuidadosamente onde e como investir o dinheiro que poupamos trabalhosamente tem que ser sempre a atitude do investidor.

  1. Quais são nossas opções?
  2. Será que dentro de sete meses o cenário não pode ser diferente? Talvez a ação conjunta do FED e do pacote de estimulo ao consumo nos Estados Unidos podem dar certo... No mínimo existe essa probabilidade.
  3. Quais são as opções dos investidores externos?
  4. Qual vai ser a duração desta crise?
Eu não sugiro para ninguém entrar agora no mercado (seja curto ou longo prazo) sem que este alguém esteja preparado para ver seu capital flutuar com intensidade.
Mas, se você esta construindo uma plantação (como eu estou), então você pode acumular ações de empresas (que você acredita tenham futuro) mesmo sabendo que durante o processo pode ser que as compras recentes não sejam lucrativas.

Esta semana temos apresentação do balanço de Ideiasnet (28/3). E temos apresentação do PIB Americano na quinta-feira...

Boa Semana, Bons Negócios!

domingo, março 16, 2008

A Recessão segundo Fortunato.

“Tem muita gente que diz que as coisas estão dando certo no Brasil porque o Lula tem sorte. Obviamente, eu prefiro ser Lula com sorte do que Lula sem sorte, porque não há na vida nada que acontece se a gente não tem um pouco de sorte.” - (Presidente Luis Ignácio “Lula” da Silva, fragmentos do discurso publicado no Jornal O Estado de São Paulo, Sábado 15 de Março, ver aqui).

O Ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou na quinta-feira um pacote de medidas para tentar conter a constante desvalorização do Real frente ao Dólar. (Escutar o pacote anunciado por Mantega).

Na sexta-feira o Banco Central (Meirelles) divulgou a ata da reunião do COPOM onde claramente o COPOM observa pressões inflacionarias e adverte que pode agir em conseqüência, tentando conter estas pressões (ver ata do copom, item 17). Estas medidas não neutralizam de algum forma o pacote anunciado por Mantega?

Ainda na sexta-feira o Presidente Lula, em discurso diz que a economia esta robusta e resistente, que as medidas adotadas pelo governo para conter o Dolar vão beneficiar as exportações do Brasil e que as ações do Banco Central continuaram em linha resguardando aos Brasileiros da ameaça da inflação...

O Presidente Lula falou também que as pessoas tentam atribuir ao acaso a boa situação da economia e não ao seu trabalho.

Em nota publicada no Sábado 15 de Marco, o Ministro de Desenvolvimento, Miguel Jorge, diz que houve exagero do BC na última ata divulgada. Segundo declarações do Ministro, ele acha que do ponto de vista do ministério, não corremos risco de inflação de demanda; A industria é capaz de atendê-la, portanto, não há riscos, em todas as analises feitas por nós. (Declarações do Ministro, aqui).

Imagino que os funcionários do Governo já devem ter feito a seguinte conta em relação ao preço do barril de Petróleo, inocentemente simples:

Fica claro que, embora o preço do petróleo tenha pulado 54% em Dólares, em Reais o pulo foi de 22%.
Os principais (5) parceiros econômicos do Brasil são (em ordem de peso): Estados Unidos u$25,3 bilhões, Argentina u$14,4 bilhões, China u$10,7 bilhões, Alemanha u$7,2 bilhões e Japão u$4,3 bilhões. (Fonte: Banco Central do Brasil e Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior “base 2007”).

A primeira pergunta é: Quanto a desaceleração da economia Americana irá afetar à economia da China e às economias do resto dos paises que compram a maioria dos produtos que o Brasil exporta?

A segunda pergunta é: Quanto tempo vai demorar a economia Americana em voltar a crescer em seus trilhos normais?

Se a China desacelera sua demanda por commodities, isso vai trazer um grande impacto para a economia Brasileira cujos 2/3 das exportações são de produtos agrícolas.
É evidente que, embora o Brasil tenha um grande estoque de aspirinas, se a crise perdurar por muito tempo não haverá aspirina que agüente.

Obviamente, nos resta (entre outras coisas) torcer por Fortunato.

Em paralelo, continuando fiel à estratégia de compra, aumentei novamente o peso de Ideiasnet. Preço de compra das ações r$5,67.

Boa Semana, Bons Negócios.

domingo, março 09, 2008

A Recessão segundo Warren Buffett.



Não se deixe surpreender pelas circunstancias. Somente quando a maré esta baixa é que se pode ver quem está nadando nu. (W. Buffett, reunião anual em Omaha 1993).


Quando Warren Buffett sentenciou em entrevista televisiva na CNBC (veja artigo e vídeo aqui) que os Estados Unidos já estão em recessão e que, inclusive, as ações no mercado americano estão caras... Ele continuava sorridente.

Seu sorriso apenas se inclinou levemente para a esquerda, quando notificou aos quotistas de seu fundo da Berkshire Hathaway que havia investido u$100 milhões no Real Brasileiro. Para surpresa dos Brasileiros, e quem sabe, dos próprios quotistas do fundo...
Ele não foi apocalíptico em suas palavras, porem muitos interpretaram a mensagem desta forma e agiram em conseqüência.

Foi pragmático em dizer que, embora a definição técnica de recessão (2 trimestres consecutivos de queda no PIB) não tenha sido confirmada, os sintomas clássicos de uma recessão estavam visíveis:

  • Diminuição da disponibilidade de credito;
  • Aumento da taxa de desemprego;
  • Queda do consumo;
  • Queda da taxa de juros para estimular a economia;
  • Implementação de um forte pacote econômico visando estimular o consumo.
Ele não soube especificar quanto duraria a recessão. Tecnicamente, pode durar algo entre 6 meses e 18 meses... Tecnicamente, é claro.

Seja como for, não da para ter certeza, mas não parece que o homem esteja deprimido pelo recente desempenho (ruim e medíocre) do mercado de ações. Pelo contrario. Talvez ele consiga ainda somar alguns bilhões mais para segurar o primeiro lugar na lista dos homens mais ricos do mundo. Se for que isto pode fazer alguma diferencia. (Lista da revista Forbes dos maiores bilionários do mundo).

Janet Lowe perguntou para Buffett:
Como um investidor pode ter certeza de que o preço de uma ação subavaliada pelo mercado pode subir?

Buffett respondeu:
“Quando trabalhava na Graham-Newman, fiz essa pergunta para Bem Graham, que era meu chefe na época. Ele simplesmente encolheu de ombros e respondeu que sempre existe a possibilidade de o mercado reagir dessa forma. Estava certo: no curto prazo, o mercado é uma maquina de votar; no longo prazo, é uma balança...”.

Se a recessão Americana irá contagiar, ou não, a China e a China ira contagiar, ou não, ao Brasil, só saberemos de fato nos próximos “emocionantes” meses.

Continuo de olho (e com foco) em Ideiasnet...
Boa Semana, Bons Negócios.


domingo, março 02, 2008

Final da Segunda Temporada.

O 1 de Março de 2006 iniciei a publicação deste blog. Na época ainda não tinham proliferado os blogs que falam sobre investimentos. De lá para cá, a comunidade de blogueiros que escrevem sobre finanças é muito rica e isso é fascinante.

Hoje me despeço de você.
Pode ter certeza que tenho focado sempre, e muito, em transmitir minhas idéias sobre como fazer a gestão de um portfolio de investimentos. A única pretensão é que você aprenda a caminhar com suas próprias pernas no que considerou o deslumbrante mundo dos investimentos...

... Ficaria satisfeito se você hoje já iniciou sua própria Plantação. Ou no mínimo, um quintal.

Estão aqui registrados fragmentos do Guia de Autodefesa do Investidor das Galáxias, publicação que até ganhou alguns adeptos (eu inclusive). Sua primeira aparição foi o 30 de Setembro de 2006, baixo o titulo: Guia de Autodefesa do Investidor das Galáxias.
Depois foram varias outras postagens, como: Crônicas Terráqueas do mercado Marciano e Resumo Epidemiológico do Vírus da Euforia. Entre outras...

Seria difícil escolher uma postagem, tanto quanto a escolha de Sofia (segundo R. Spielmann me falou certa vez). Mas, gosto muito da postagem publicada no 11 de Outubro de 2006: Sempre há um novo arco-íris.

Como alcançar a completa iluminação? (Publicado o 16 de Agosto de 2006) foi uma postagem extremamente simples com uma mensagem extremamente profunda. Percebei isto depois de vários emails...A visão de longo prazo em ingenuidade absoluta.

Ficaria orgulhoso se soubesse que através das reflexões transmitidas neste blog, você ganhou dinheiro e iniciou seu caminho, de uma ou outra forma, rumo a sua independência financeira.

A cada R$1.000 investidos na Plantação em Julho de 2004, hoje foram transformados em r$3.518,42. Atingindo um máximo de r$4.563,13 em Outubro de 2007. (velha o detalhe do rendimento no gráfico):



O futuro é virtuoso se você tiver suficiente paciência, e as vezes coragem, em manter e construir seu portfolio (ou Plantação).

Em resumo se trata de pesquisar e entender o negócio, os concorrentes, a gestão do negocio e o mercado da empresa em questão. Nada que você não consiga fazer através da internet, os jornais, revistas, e relatórios especializados. Claro, que o preço da ação é importante, mas deveria ser a ultima, e não a primeira coisa que você olhe.

Por exemplo, nesta semana temos a reunião de APIMEC da ALL. Você não acha que seria interessante participar? Que acontece com ALL que publicou um bom balanço, mas seu reflexo no preço da ação (ALLL11) esta longe de ser positivo?
É o negocio? A concorrência? A gestão da empresa? Certas incertezas sobre o futuro do mercado podem ameaçar a empresa? E se estas incertezas não se concretizam, não será uma excelente oportunidade para incrementar o peso no portfolio?

Porque não começar dando uma olhada no ultimo balanço apresentado pela empresa (Resultados da ALL aqui)?


E se voce chegou até aqui achando que realmente esta seria minha última postagem, saiba que não foi mais que um ardil “Hollywoodense” para manter você lendo até o final...

Gostaria de agradecer você especialmente (meu sincero muito obrigado!) por acompanhar e opinar, durante todo este tempo, neste espaço virtual.

Despeço-me até o próximo Domingo.
Como sempre... Boa Semana, Bons Negócios!


domingo, fevereiro 24, 2008

Soprando sonhos...

Soprar sonhos não é o mesmo que soprar bolhas. (Stock Buster, reflexão depois de três Chops)

Acho que estou ficando velho... Hoje acordei com o corpo dolorido.
Foi depois de uma maratonica overdoses de Wii no apartamento de um amigo que comprou recentemente o fabuloso jogo da Nintendo. Foram quatro horas intensas de Tênis, Golfe, Boxe, Beisebol, uma corrida em China Town e um percurso por um movimentado parque de diversões.

Conheço a Nintendo desde que conheço os vídeo jogos, e isto você pode ter certeza que já faz alguns anos. Nem vou comentar qual foi o primeiro vídeo game que joguei, mas posso adiantar que era em branco e preto.

Ficou claro para mim o porque do sucesso de vendas do Wii (3 milhões de consoles vendidos em 2007), que até é difícil de achar nos Estados Unidos. E ficou ainda mais claro o porque da disparada de suas ações (ver gráfico de ações).

Pode parecer coisa de criança, mas sabemos que a indústria do vídeo games é coisa seria e que movimenta bilhões de dólares por ano.

Segundo recentes pesquisas (Forrester.com) o 37% dos consumidores Americanos jogam vídeo games. Dessa porcentagem, 49% é constituída por mulheres, e no resto temos homens de todas as idades. Especificamente, 13% correspondem a homens maiores de 40 anos.
A indústria movimenta u$13 bilhões por ano, só nos Estados Unidos!

Existe a idéia de que Venture Capital é o capital para investimentos radicais. (Stock Buster, reflexão depois de seis Chops).

No Brasil a indústria de vídeo games, "Made In Brasil" ainda é uma criança. No sentido que tem um enorme potencial para ser desenvolvido.

Segundo a Associação de Brasileira de Desenvolvedores de Games, o Brasil é coadjuvante. No relatório publicado por ABRA Games, em Dezembro de 2004, os principais desenvolvedores de games do mundo são Estados Unidos (41%) e Japão (31%). (ver relatório completo aqui).


Os principais impedimentos para o desenvolvimento desta indústria no Brasil estão relacionados com:


  1. A pirataria de vídeo games que atinge cerca de 94% dos jogos vendidos no Brasil;
  2. A falta total de incentivo fiscal, um console vendido no Brasil tributa 114% de impostos;
  3. A falta de capital de risco que invista no desenvolvimento (o famoso Venture Capital);
  4. A fuga de talentos.
Quando se trata de investir em empresas novatas (e pioneiras) neste ou em outros setores, tanto você quanto eu poderíamos fazer muito mais participando como investidores individuais. Mas, esse mercado ainda é muito restrito para pequenos investidores, se comparado com outros países (como Estados Unidos) podemos facilmente conferir que lá fora não é assim.

Por enquanto, Game Over.
Boa Semana, Bons Negócios.

domingo, fevereiro 17, 2008

Ideiasnet, um momento interessante.

Continuo acreditando fortemente no negócio de Ideiasnet. Quando falo “acreditar” não me refiro a ter fé, ou crer de uma forma espiritual. Mas sim, acreditar de uma forma racional no modelo de negócios proposto pela Holding e do qual sou acionista (pequeno).

2008 é um ano de enormes desafios para Ideiasnet. Em meio a uma crise financeira global, o negocio de Ideiasnet (hoje 100% focado no mercado interno) esta diante a possibilidade de demonstrar que seu modelo de negocio é factível e lucrativo.
Mas estes desafios embora diferentes, no meu entender, serão superados pela empresa da mesma forma que superou desafios no passado. Lembrando alguns: Estouro da bolha de internet 2001 e reestruturação do portfolio de Ideiasnet.

Caso a empresa viabilize a IPO de Officer (empresa na qual Ideiasnet possui o 100% de participação) ainda neste ano, esta será a primeira vez desde sua fundação em 1999, que um ciclo completo é fechado.


Após a crise das “.com” no 2001, Ideiasnet empreendeu uma importante reestruturação de seu portfolio, talvez sem esta mudança na estratégia não teria sobrevivido. Hoje, 7 anos depois, existem 19 empresas no portfolio gerenciado pelo Holding. A sinergia entra as empresas é evidente (ver sinergia aqui), assim como os diferentes estágios de maturidade no qual cada empresa se encontra.


Podemos fazer uma analogia entre a gestão de um portfolio de investimentos (de um investidor como você) e a gestão do portfolio de empresas nas quais Ideiasnet tem investido.


Acaso não existem momentos no qual o investidor decide vender parte de sua participação em uma empresa para aplicar-lo em outra? Ou momentos no qual o investidor decide concentrar seu capital em um numero menor de empresas, as quais acredita terão um melhor desempenho no futuro?

Eu gostaria muito de poder investir em uma start-up (como faz Ideiasnet), após de avaliar seu plano de negócios, e bem antes que abra seu capital na bolsa: Isso é a essência de Ideiasnet.
Você não acha (e acredita) que esse negocio pode ser muito lucrativo?

Alguns motivos que me levaram adquirir, neste momento, ações de Ideiasnet:

  1. O preço esta com um desconto considerável (lembrando que IDNT3 fez um pico de r$10,40);
  2. Ideiasnet esta focada no mercado interno e por esta razão não deveria ver-se “muito afetada” pela já evidente desaceleração da econômica Americana;
  3. A empresa anunciou que ira iniciar um novo RoadShow com investidores estrangeiros. Atualmente só 6% de estrangeiros possuem participação em Ideiasnet, ante 70% que possuem em Submarino e Bematech;
  4. Diante o constante cenário de valorização do Real ante o Dolar e a acirrada concorrência que as empresas Brasileiras devem enfrentar para exportar seus produtos. Investimentos em TI que visem obter ganhos de produtividade devem incrementar-se neste ano...;
  5. Segundo pesquisa de IDC América Latina será a região que terão o maior crescimento em investimento em TI no mundo.
Segundo pesquisa de IDC o investimento em TI na América Latina crescerá no 2008 numa taxa de 12,8%.
As previsões de IDC para 2008:

  • O mercado de TI da América Latina resistira à desaceleração da economia global;
  • O individuo se transformou em rei: o efeito composto de tecnologias e dispositivos variados colocará ao usuário no centro do cenário.
  • As comunicações de Voz mudarão de estar centradas na tecnologia a centrar-se no usuário final, marcando o principio do final de uma era.
  • O principio de funcionários baseados no escritório começa a transformar-se.
  • 2008, um ano de transição para os grandes fabricantes e oportunidade para os ISV locais marcara o fim da infância do: Software como Serviço (SaaS);
  • Uma nova geração de soluções de código aberto emerge como fonte aberta e já não é só Linux;
  • No mercado de Seguridade: Menos questões técnicas e mais questões de negocio;
  • Software de administração de processos de negócios: pronto para a decolagem;
  • A evolução dinâmica de TI: a virtualização 2.0 transforma hardware como serviço.
  • O efeito dominó da concorrência off-shoring cria uma segunda onda de crescimento de BPO.
Você pode ler a integra do artigo do IDC, Previsões 2008, aqui. (Fonte: idc.com)

Incrementei nesta semana o peso de Ideiasnet no portfolio da Plantação. (agora está em 38%). O valor da compra foi a r$5,95.


Por todo isto, considero que Ideiasnet esta num momento interessante.
Boa Semana, Bons Negócios.

domingo, fevereiro 10, 2008

Amém

Saudades daqueles tempos em que você comprava alguma ação na bolsa e ficava olhando, como um fazendeiro, como seu dinheiro se multiplicava?
Lembra como era bom poupar seu dinheiro, transferir para o Home Broker, e fazer um par de operações que rendiam algo entorno de 4% ou 7% logo no primeiro mês?
E esse Day Trader apelidado de Kill Bill (protagonizado por Jerome Kerviel) que quase faz cair as barbas de Bernanke, o careca mais barbado do Federal Reserve. O que será que ele esta fazendo neste momento?

Seja como for, este ano vamos ter que cuidar bastante para que a Plantação cresça.
Não podemos ficar esperando que os super amigos do Norte nos tirem do poço. Mas sim temos que ter cuidado para que não nos puxem junto com eles.

O estouro da bolha imobiliária no Estados Unidos, juntamente com a escassez de credito desencadeada pela crise das hipotecas de segunda linha. Deixaram os Estados Unidos e o mundo na atual situação, crítica e delicada, delicada e crítica.
Paul Krugman, colunista do “The New York Times”, escreveu um artigo bastante interessante sobre este assunto. O artigo, titulado “Uma Longa História” (em inglês: “A Long History”) publicado em português no suplemento de economia do
jornal O Estado de São Paulo (9/2/08).
Krugman faz uma abordagem similar à praticada por Kindleberger no seu livro Manias, Panics and Crashes. Isto é, através de analises de crises passadas elabora conclusões da atual.

Ele (Krugman) reforça que os atuais problemas da econômica Americana são uma conjunção de problemas que já aconteceram no passado. Sugerindo que, como temos um problema de estouro de bolha habitacional somado com um problema de estouro da bolha de credito, a atual crise pode durar mais que as ultimas crises de 1990 e de 2001.

Em meados de Abril será publicado o dado do PIB Americano relacionado ao primeiro trimestre de 2008. Muita coisa pode acontecer dependendo de como for esse número.

(fonte: finance.yahoo.com)

Segue uma pequena cronologia das ultimas crises econômicas:

  • (1990) Japão. Crise Imobiliária e do mercado acionário;
  • (1994-95) México. Desvalorização do Peso Mexicano.
  • (1997-98) Tailândia, Indonésia, Malásia, Coréia, Rússia, Brasil. Desvalorização das Moedas.
  • (2000) Estados Unidos. Crise das “.com”, Mercado acionário (NASDAQ).
  • (2001) Argentina. Desvalorização do Peso. Calote da divida Externa.
  • (2007) Estados Unidos. Crise imobiliária e financeira. Desvalorização do Dólar.
Embora o panorama continue preocupante, como mencionei em postagens anteriores, acredito que seja um momento interessante (porem cauteloso) de efetuar novas compras.
Desta forma, estarei adquirindo ações de empresas da Plantação. (Amem).

Boa Semana, Bons Negócios.


terça-feira, fevereiro 05, 2008

Ações realmente Ordinárias?

Esta é uma tradução aproximada de Herbert Richard sobre os acontecimentos (atuais e futuros) no mercado de ações. Qualquer semelhança com a realidade é propositalmente mera coincidência.

Fiz os cálculos relacionados com o rendimento da Plantação no mês de Janeiro, quase que sem vontades, porque sabia que o número final seria obsceno. Equivoquei-me. Foi ainda pior. –21%. Respirei fundo e fiquei apático olhando para o maldito cursor que piscava na maldita planilha de excel na qual acompanho meus investimentos.

Convenci-me, quase que por auto-hipnose, que a flutuação negativa do portfolio é temporária. Acaso a Plantação não esta formada por ativos que oscilam? É natural que em momentos de tensão e carregados de incertezas, como os atuais, muitos vendam suas ações a preços que não façam o menor sentido.

Mas #%$#io (caramba), será que Buffett tem sangre de barata correndo pelas veias? Porque eu não tenho...

Decidi fazer um check-up geral da Plantação.
Começando por Ideiasnet (
IDNT3), grande culpada pela desvalorização logo no inicio deste ano.

Que aconteceu com a empresa que seu valor quase que foi dividido por 2?

Procurei por qualquer &#_%a (insignificante) noticia que justificara tamanha débâcle. Desconsiderei todas as de Yahoo porque as respostas são do século passado. (Ballmer, você tem certeza que quer comprar esse site?).

Ideiasnet tinha-se proposto fazer um novo lançamento de ações no mercado com o objetivo de levantar capital (r$400 milhões aproximadamente) e utilizar este dinheiro para pagar dividas e fazer novos investimentos.
Sabiamente, a empresa anunciou recentemente que cancelava a distribuição por considerar prejudiciais às atuais condições do mercado.

Imagino que o pagamento da divida e os novos investimentos não foram também cancelados. Talvez seja interessante reforçar/ratificar (através de algum comunicado) qual o rumo da empresa para este ano 2008...
No próximo mês de Março (28/3 para ser exato) Ideiasnet irá apresentar os resultados relacionados com o quarto trimestre. Esperemos que o suspense não se alongue até lá...

Especulando sobre as causas da desvalorização do preço das ações de Ideiasnet, acredito que esteja relacionado com a venda por parte de investidores estrangeiros que, motivados pelos Road Shows da empresa, tinham investido fortemente durante 2007. E agora, com a mudança de cenário global e, a corrida para resgatar os investimentos nos países emergentes (como Brasil). Os mesmos investidores que fizeram aumentar o preço durante 2007, agora o fazem baixar durante 2008.

Demais esta lembrar que nesta venda massiva de ações na qual muitos investidores Vendem suas posições, sempre existe alguém na outra margem que esta: Comprando.

Particularmente, continuo do lado da margem dos que Compram. Para mim, os atuais níveis, tanto do valor de Ideiasnet, como do resto das ações da Plantação, são bastante interessantes para realizar novas aquisições.

Logicamente, como a débâcle continua, eu não tenho a maior pressa. Mas o preço de Ideiasnet beirando os r$5 (como em junho do 2007) é consideravelmente interessante.

Vamos ter que nos armar de paciência para esperar que a *^%@# (iniciativa) de pacote lançado pelo governo Americano e a baixa nos juros de aquele país, promovida por Bernanke, surtam seu efeito. Esperar... Até Novembro não seria demasiado.

Boa Semana, Bons Negócios. (Prudência)


segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Work in progress...

Caros leitores,
...estou refletindo durante estes dias carnavalescos.

Estarei postando em breve...

Bom feriado!
Stock Buster.

domingo, janeiro 27, 2008

Bovespa Fashion Week (em recessão?).



Toda grande industria deve sempre ter seu exuberante evento promocional. Acontece com a industria automobilista, da aviação, da moda, da informática e porque não deveria acontecer com a industria financeira.

Sendo assim, acredito que chegou o momento de começar a falar da Bovespa Fashion Week (Primeira Edição). Um evento organizado por miles de estilistas anônimos das mais variadas tendências, que apostam através de seus lances, oferecendo cada vez mais generosos e coloridos descontos.

O evento não conta com a tradicional passarela pela que desfilam famosas modelos com provocadores e intencionais decotes, saias curtas e roupas translúcidas. Mas, pelo seu ticker vermelho o espectador poderá ficar fascinado e porque não, quase enfartado, ao assistir como celebres e reconhecidas empresas deixam cair seus preços...

É lógico que as ramificações da crise financeira nos Estados Unidos se estão propagando para oresto dos mercados do mundo, sem preconceitos de se são ou não desenvolvidos.
Quando a crise é de proporções consideráveis, como a atual, o contágio no resto das economias do planeta é inevitável.

Como investidores hoje nos deparamos com uma grande questão: Chegou o momento certo para voltar a investir?

O investidor irá obter basicamente duas respostas, dependendo de quem for o entrevistado: É o momento certo; Ou. Não é o momento certo, ainda.

Os preços atuais descontam que Estados Unidos sofreram algum tipo de desaceleração econômica. Hoje é indistinto classificar a desaceleração como se fosse, ou não, uma recessão. O mercado já sentenciou, embora possa, ou não, estar certo.

No suplemento Aliás, do jornal o Estado de São Paulo, saiu hoje um interessante artigo baixo o título: Cinco mitos sobre a recessão. (Kevin A. Hassett). (Nota: Infelizmente para ler o artigo em português você tem que ser assinante do Estadão. Mas, achei a mesma versão em inglês publicada no site do washingtonpost.com; de graça).

Outra leitura que pode contribuir para orientar a estratégia do investidor, nesta época de grandes oscilações e incertezas, é a publicada no Jornal Valor Econômico em seu suplemento de Finanças (25/1/08). Falando sobre a estratégia do Grupo de investimentos Blackstone. Na entrevista, Stephen Schwarzman (CEO do Grupo), sugere que a Blackstone esta pronta para investir no Brasil U$675 milhões.

O fundo vai investir em cinco setores básicos da economia: Saúde, Educação, Infra-estrutura, Construção Civil e Consumo Alimentício.

A situação exige muita cautela.
Porém, os atuais níveis de desconto que muitas empresas oferecem na bolsa são bem interessantes.
Como esta detalhado no quadro (Bovespa Fashion Week), todas as empresas da Plantação apresentam níveis de desconto além do interessante.

Bom, meu dilema é o mesmo de muitos... Não tomei ainda nenhuma decisão.
Vou continuar de olho... bastante atento... para investir...

Boa Semana, Bons Negócios.

Reflexão: Se vai ser um ano ruim, que seja com estilo.

domingo, janeiro 20, 2008

Pero porque no te callas.

Isto é para criar confusão.
Confúcio.

Primeiro foi Bem Bernanke (em discurso o 17 de Janeiro) que falou que um pacote de estimulo ao consumo é uma medida necessária para evitar que os Estados Unidos entrem em recessão. Com isto, o Presidente do FED certificou que não dispõe de muitas ferramentas para atacar a atual crise, seu único instrumento (a taxa de juros) desta vez parece que não será suficiente.
Com Bernanke pedindo ajuda os mercados derreteram como picolé na praia.

Depois foi George W. Bush (Republicano) anunciando um pacote para o crescimento de u$150 Bilhões! Que ainda deve ser aprovado pelo congresso Americano que é em sua maioria Democrata.
A pergunta dos 150 bilhões é que tão rápido o congresso Americano irá aprovar o pacote para estimular o crescimento? Logo, quanto tempo vai demorar em surtir o devido efeito na economia? Três meses? Seis meses?

Não teria sido mais efetivo fazer estes anúncios em Novembro do ano passado?

Se o Brasil vai sair imune? Difícil. Seguramente terá impacto nas exportações, na balança comercial, no valor do dólar, nos juros, e no crescimento econômico (que será menor do inicialmente projetado, que foi de 5% do PIB). É claro que Brasil esta preparado, mas não acredito que tamanha turbulência seja de graça.

Por enquanto os principais atingidos foram os investidores que possuem dinheiro na bolsa. A economia real, o dia a dia das empresas não sofreu alem do bombardeio jornalístico.
Como ninguém consegue explicar a ciência certa, qual é a real extensão da crise das hipotecas de segunda linha, o mercado oscila dia a dia na medida que novos rombos são descobertos.

De aí que o problema vai-se tornando mais e mais grave. Como a retração no setor financeiro americano não envolve unicamente o setor imobiliário. Mas sim o setor de credito em geral. E já sabemos que o credito é o combustível fundamental para o consumo. A menor disponibilidade de credito para o consumo, o possível aumento do desemprego e sua natural repercussão na renda das famílias... Não parece ser um cenário que transmita muita confiança para os investidores.

Estados Unidos (responsável por 27% do PIB mundial, ver lista de PIB aqui) pode hoje não ser a única locomotiva que puxe ao resto das economias. Mas não acredito que as outras locomotivas consigam substituir a função que este país cumpre economicamente no mundo. Você acha que, Nos (Brasil), que somos um vagão do trem podemos andar sozinhos ou mais rápido que a locomotiva?

No mercado financeiro do Brasil, um primeiro sinal foi o da interrupção de uma serie de Ofertas que estavam planejadas para ocorrer no inicio deste ano. No suplemento (Eu&Investimentos) do jornal Valor Econômico da sexta-feira 18, Lucia Monteiro, descreve a situação num excelente artigo que vale a pena ler (resumo aqui).
... Considero que a medida tomada pelos executivos de Ideiasnet foi muito acertada e inteligente. Porque vender ações da empresa num momento como este? De persistir na iniciativa poderia passar uma mensagem errada ao mercado de que a empresa precisa desesperadamente de dinheiro.

Como Benjamin Graham escreveu no seu livro, The Intelligent Investor, o investidor pode escolher entre fazer uma avaliação do negocio ou uma avaliação do valor da ação. Todo mundo é livre de escolher a abordagem que considere mais adequada, ou dependendo das circunstâncias, uma mistura de ambas.

Quando os médicos diferem, o paciente morre.
Confúcio.

Boa semana, bons negócios.


domingo, janeiro 13, 2008

Melhores empresas para investir em 2008?

As principais e mais importantes publicações financeiras do mundo costumam publicar no inicio de cada ano um guia de investimentos para o ano em questão. Para não ser menos este ultradesconhecido blog de investimentos decidiu hoje publicar uma versão especial do Guia de Autodefesa do Investidor das Galáxias (2008), abordando o assunto.
Mas no lugar de responder a pergunta Onde Investir em 2008, os editores reunidos (isto é: eu mesmo), decidiram após democrática votação responder à pergunta considerada prévia: Quando Investir em 2008?

Quando Investir em 2008? É a pergunta que irá fazer uma grande diferencia no final deste ano. Com isto remarco que o timing terá um peso graúdo na performance do portfolio (o seu e o meu).

Nos próximos 12 meses, o cenário no mercado de ações, será algo similar a alguma temporada do seriado 24hs, no qual o agente federal Jack Bauer tenta durante um dia (que dura uma ano) acabar com a ameaça terrorista.
Em seu lugar, os investidores, irão enfrentar a ameaça de recessão Americana, queda nos lucros das empresas, preços dos commodities disparando, fusões na indústria de serviços financeiros, inflação, queda no valor do dólar... Entre outras surpresas (eleições, etc).

Isto não deveria ser suficiente para que os investidores pensem duas vezes antes de manter seu dinheiro na bolsa...?
Talvez. Mas da mesma forma que é difícil entender porque ainda Jack não pediu demissão, a melhor coisa que o investidor pode fazer é manter a cabeça fria ao melhor estilo Bauer.

Mesmo com a desaceleração Americana as perspectivas para a economia mundial continuam apontando um crescimento na faixa dos 3,5% (ver informe do World Economic Fórum aqui). A constante e crescente fraqueza do dólar frente as principais moedas do mundo (Real incluído) tem que vir a refletir no déficit comercial Americano (diminuindo) e nos lucros das empresas exportadoras desse país (aumentando).

Claro que não todo é ruim, a demanda por matérias primas, alimentos e equipamentos agrícolas deve continuar crescendo neste ano. Brasil já é um país consolidado nestes rubros e empresas que atuam nesta industria (como Perdigão, Sadia e ALL) devem ser avaliadas.

Voltando à questão de Quando: Continuo pensando que aguardar e formar caixa são as melhores opções neste momento.

  1. Ainda o FED deve cortar os juros no final deste mês no Estados Unidos (as apostas estão em corte de até 1%).
  2. Ainda o governo de Bush deve aplicar formalmente o pacote de incentivo fiscal para aquecer o consumo em aquele país.
  3. Ainda devemos aguardar para saber o que o COPOM irá decidir com a taxa de juros no Brasil.
  4. Ainda teremos que aguardar até novembro pelas eleições Americanas. E cabe lembrar que em ano eleitoral a bolsa de aquele país não costuma subir muito alem da inflação.
Para entender melhor à questão do timing, acredito que o gráfico da Bovespa de jan/2001 até jan/2003 seja uma boa auto-explicação.

Boa Semana, Bons Negócios.

domingo, janeiro 06, 2008

Sofrendo 2008 (Pay Per View).

Sejamos honestos. Os prognósticos para o primeiro semestre deste ano de 2008 são todos uma porcaria.
Claro, que para o segundo semestre parecem ainda mais escuros, terríficos e sinistros.


Você pode ler qualquer jornal de qualquer país e certificar-se que Inflação + Recessão se chama de Estagflação. Que o FED esta encurralado. Que o Petróleo pulou para u$90 o barril. Que o desemprego aumentou nos Estados Unidos e que o consumo esta despencando. Que teremos eleições no grande país do norte. Que será Hillary? Que será Obama? Que os efeitos da desvalorização do real deveram ser sentidos a partir deste ano... E vai saber que surpresas ainda nos depara a bendita crise dos créditos de segunda linha, que de mês em mês da sua chicotada.

Se o cenário vai melhorar?
É claro que ainda não!!!

Eu devo ser um completo e total tonto otimista.
Porque?
Vi o mercado despencar a partir do segundo semestre de 2007, e mesmo assim continuei investindo. Investidores tontos, como eu, olham para a arvore e não para a floresta.
Continuando com esta metáfora, se olharmos com atenção vamos encontrar muitas árvores caídas, embora ainda estejam fortes... E isto deve abrir um universo de barganhas. Mas cuidado sejamos muito cautelosos. Mas muito mesmo!

Os tontos não devemos nunca jogar o jogo dos grandes tontos.

A melhor lição que 2007 me deixou foi a de não ter descido das ações da GOL depois do acidente da TAM. Paguei pela minha insistência ou teimosia.
A empresa top da Plantação foi Ideiasnet (IDNT3) com valorização de 219% (2/1/07: 2,77 – 28/12/07:8,85).

Como falei, estou otimista para este ano, então seguem algumas poucas sugestões.


  1. Forme um bom caixa...
  2. Olhe para onde o dinheiro vai. Mesmo com desaceleração, as pessoas devem continuar comendo... E de ser possível barato...
  3. Se investir é uma arte, então deixe seu olho bem afiado. Leia, se informe, pesquise e seja paciente.
  4. Se o dólar reverter a tendência aqui no Brasil, empresas exportadoras devem apresentar um fluxo melhor de caixa no final deste ano...
  5. Quanto mais pode subir o petróleo se o mundo se desacelera? Zero talvez?
  6. Forme um bom caixa... e procure barganhas.
Quem acha que não vai sofrer neste ano por causa das oscilações esta-se iludindo. Vamos sofrer como tontos. Iludem-se como grandes tontos pelo desejo de fugir da realidade...

Mas, não se preocupe. O desempenho de seu portfolio neste ano só depende de você e das decisões que você tome. Não é bom?

SORTE E SUCE$$O NESTE 2008!!!
Boa Semana, Bons negócios!


Nota: Estarei atualizando os valores da Plantação durante esta semana.

domingo, dezembro 23, 2007

Os próximos 526.600 minutos.

Sendo esta a última postagem de 2007, deveria então fazer algum tipo de balanço relacionado com o ano transcorrido. Mas considerando que ainda restam 7 dias e ponderando que hoje, particularmente, não estou inspirado em fazer balanços... Vou deixar isso para o inicio do ano próximo. Não é saudável tirar conclusões precipitadamente.

Se você me permite continuarei falando do futuro.
Proponho-lhe um exercício que, inicialmente, parece muito simples.
Você acaba de ganhar 526.600 minutos, pode utilizar-los segundo você bem entender. O jogo consiste em você investir seus minutos de forma de maximizar-los e, depois de transcorridos você não senta que simplesmente escorregaram pelas suas mãos.
Fácil?

O primeiro passo é ter consciência que você agora dispõe deste valioso capital. E que você esta disposto, ou disposta, a fazer um plano de investimento para utilizar-los sabiamente.
A melhor forma de iniciar o jogo é conhecer seu perfil de investidor. Reflita alguns poucos minutos (aproveite e que sejão ainda deste ano) para colocar no papel como você consumiu seus minutos do 2007...

Segue um exemplo de alocação de tempo:
175.531,2 dormindo (equivalente a 8hs por dia);
50.465,22 almoçando e jantando (equivalente a 2,3hs por dia);
52.660 para aprender coisas novas;
65.824,2 assistindo televisão;
115.200 trabalhando (equivalente a 8hs durante 20 dias por mês)
69.919,58 ainda sobrando para você fazer o que quiser com eles (equivalente a 3,19hs por dia)

Podemos tirar algumas conclusões rápidas destes números.
O primeiro que salta à vista é que são gastos 55% em Dormir e Comer!!!

Vou adiantar que não importa quantas simulações você faça, sempre ira descobrir uma forma mais interessante na qual investir seus minutos... Alem de descobrir que perdemos muitos deles no caminho...

Aproveito para desejar um FELIZ NATAL e um PROSPERO 2008.
... E desfrute seus próximos 526.600 minutos da forma que mais agrade você.

Boa Semana, Bom Natal, Bom Ano !!!
nota: foi pescar, volto o 7 de Janeiro.

domingo, dezembro 16, 2007

Procurando Nemo.


Faz algumas semanas que estou pesquisando e pensando sobre 2008, tentando vislumbrar como será o próximo ano. Embora isto nunca tenha sido uma tarefa simples o que eu vislumbro é que 2008 será um ano complicado.


Tudo parece indicar que durante o primeiro semestre ficaremos de olho no PIB americano (a beira da estagnação ou da recessão), na inflação (Americana e Brasileira) efervescendo ameaçadoramente e na taxa de juros (Americana e Brasileira) ameaçando subir; com todas as conseqüências e implicações que isto vai trazer no mercado de ações local.


Não é necessário ser um grande pesquisador para comprovar que aqui no Brasil o preço dos imóveis tem subido fortemente nos últimos anos devido à forte pressão que a demanda exerce, instigada pela baixa de juros e o maior acesso ao credito.

Qual será o cenário caso a taxa SELIC reverta sua tendência?

Se a economia Americana se desacelera (como todo parece indicar) e, conseqüentemente também a Chinesa. O impacto nos preço dos commodities, devido ao menor consumo, será imediato (como já é possível comprovar). Sendo que no Índice Bovespa o peso da Petrobrás e da Vale é significativo, qual será o possível declino da Bovespa durante o primeiro semestre de 2008?

O PIB Americano representa 27,4% do comercio mundial, o PIB Chinês representa 5,6%, o PIB da Índia representa 1,9% e o PIB do Brasil representa 1%. Se a economia Americana se desacelera, não há BRIC que a substitua. É possível que uma demanda menor por minério de ferro no mundo afete à Companhia Vale do Rio Doce (VALE5)?

E se o valor do petróleo volta à faixa do u$50 devido à desaceleração da economia mundial?


Embora como investidor tenha sentido o baque da desaprovação da CPMF no portfolio da Plantação, o fato de que mais 40 bilhões estarão disponíveis nos bolsos das brasileiras e dos brasileiros não deixa de ser uma excelente noticia. Se o governo consegue virar a situação demonstrando que pode diminuir as despesas da maquina administrativa sem afetar o superávit primário, os programas sociais e até o PAC, sem duvida 40 bilhões serão um estimulo muito interessante (e necessários) para a economia no 2008.


Mas, se as contas publicas se deterioram por causa deste corte na receita do governo... bom, nesse caso será melhor achar ao Nemo para tentar, no mínimo, ter um final feliz.


Diante este cenário sombrio, milhares de investidores esclarecidos vendem suas ações enquanto outros milhares de investidores, também esclarecidos, compram ações. Veja o comportamento do Índice Bovespa de setembro até dezembro, aqui.

Dificilmente efetuarei alguma outra compra no que resta de 2007. A última foi um aumento no porftolio de ações da Perdigão (PRGA3) a r$45,77.


Minha recomendação é que o investidor tenha paciência, seja prudente, forme um bom caixa e preste muita atenção aos acontecimentos dos próximos meses.


Boa Semana, Bons Negócios.


domingo, dezembro 09, 2007

Uma lição de Philip Fisher

Enquanto Benjamin Graham escrevia Security Analisys, Philip Fisher iniciava sua carreira como consultor de investimentos. Depois de terminar seus estudos na Standford University School of Business Administration, Fisher começou a trabalhar como analista no Banco Anglo London & Paris National na cidade de São Francisco.


Ele vivenciou o crash de 1929 do mercado Americano trabalhando no banco como chefe do departamento de estatística, e em 1931 decidiu abrir sua própria firma de Investimentos, foi então quando a Fisher & Company iniciou sua procura por clientes.


Iniciar uma firma de Consultoria em Investimentos em 1931 poderia parecer bastante imprudente, mas dois fatos surpreenderam ao próprio Fisher. O primeiro foi que qualquer investidor que ainda tivesse algum dinheiro para investir estava provavelmente muito descontente com seu atual Broker. O segundo foi que os investidores e homens de negócios no meio da Grande Depressão disponham de muito tempo para conversar com Fisher.


Fisher acreditava fortemente que podia obter lucros acima da media se: (1) Investisse em empresas com potencial acima da media; e (2) pela disponibilidade de Gestores do negocio altamente capacitados.

Fisher desenvolveu um sistema de pontos para qualificar uma empresa por sus características do Negócio e a de seus Gestores.


A característica do negócio que mais o impressionava era a capacidade de uma empresa manter os lucros e as vendas crescendo num ritmo maior que o da media da industria por longos períodos de tempo.


Para atingir este ponto, Fisher acreditava que a empresa devia possuir produtos ou serviços com suficiente potencial de mercado de forma de fazer possível o crescimento sustentado dos lucros e das vendas por um longo período.


Segundo Fisher existem dois tipos de empresas com capacidade de atingir o crescimento acima da media: (1) Aquelas que são afortunadas e hábeis; (2) Aquelas que são afortunadas porque são hábeis.


Aluminium Company of América (ALCOA) é um exemplo de empresa que é Afortunada e Hábil, diz Fisher. Afortunada porque seus fundadores foram pessoas com grande habilidade. Os gestores de ALCOA preverão a utilização comercial de seus produtos e trabalharam agressivamente para capitalizar o mercado do Alumínio e incrementar as vendas. ALCOA foi também afortunada porque eventos alheios ao controle da empresa tiveram um impacto extremamente positivo nas vendas. O crescimento da indústria de transporte aeronáutico impulsionou a utilização do alumínio na fabricação de seus aviões.


Já Du Pont é um exemplo de empresa que é Afortunada porque é Hábil. Se a Du Pont tivesse permanecido comercializando seu produto original, pólvora, hoje seria conhecida tipicamente como uma empresa da indústria de mineração. Mas, como seus gestores tiveram a capacidade de aprender do processo de manufatura da pólvora, eles lançarão novos produtos como o Nylon e o celofane. Estes produtos criarão seus próprios mercados produzindo bilhões de dolares em vendas para Du Pont.


Além dos esforços em pesquisa e desenvolvimento, Fisher também avalia a organização de vendas da empresa. De acordo com Fisher, os esforços em pesquisa e desenvolvimento podem nunca transformasse em receita sem um adequado expertise de comercialização.


Portanto, o potencial de mercado por si só é insuficiente.

Fisher acredita que um alto retorno dos investimentos nunca será obtido investindo em empresas marginais. As empresas marginais produzem retornos satisfatórios durante o período de crescimento, mas vem seus lucros diminuir rapidamente durante períodos de dificuldades econômicas.


Philip Fisher (1907 – 2004) é autor do livro “Commom Stocks and Uncommon Profits”. Ele ficou famoso, e também bilionário, ao comprar ações da Motorola em 1955, quando a Motorola era simplesmente uma fabrica de Rádios.


Nota: Nesta semana estarei aumentando o peso de Perdigão na Plantação.
(Fonte: The Warren Buffett Way).

Boa Semana, Bons Negócios.

domingo, dezembro 02, 2007

Il messagero non è importante.

A quantidade de declarações pessimistas relacionadas com a economia Americana, as economias dos paises emergentes, o Dólar (The economist: The panic about the dollar), e as perspectivas da economia mundial para o próximo ano de 2008, esta diretamente relacionada com a quantidade de interlocutores (mensageiros).

O que não faltaram nestas ultimas semanas são análises sobre as tendência da economia dos Estados Unidos e seu desdobramento e impacto na China, a Europa e conseqüentemente no Brasil.

Os investidores parecem estar divididos entre:

  • Aqueles que consideram que a débâcle é iminente e é melhor comprar Títulos do Tesouro Americano;
  • Aqueles que consideram que o ciclo acabou e é melhor comprar Ouro;
  • Aqueles que estão avaliando e estudando as tendências para decifrar entre as mensagens se tudo não é uma oportunidade de compra.
Seja qual for o grupo no qual você se sente identificado, o importante mesmo é você estar convencido que esse grupo esta correndo na direção certa.

Não corra a cegas. Não corra porque a maioria esta correndo. Não comece a correr e depois pergunte qual o problema...





Definitivamente Novembro 2007 foi um mês inesquecível. Foi a maior variação negativa que a Plantação teve desde sua criação em Junho de 2004. (-9,82%).


Novembro foi também um mês de grande oscilação e foi na onda dessa oscilação que continuei adquirindo ações de Ideiasnet. O padrão das compras esta relacionado com a disponibilidade de dinheiro na conta e com a expectativa e percepção de qual pode ser a tendência no curto prazo. (Obviamente sempre queremos comprar no menor preço possível).


Independentemente da tempestade, continuo acreditando no sucesso da estratégia implementada por Ideiasnet e pelo retorno que pode vir ocorrer durante o transcurso de 2008 com a possibilidade de que a Holding efetue a primeira IPO relacionada com uma empresa de seu portfolio. O que, indubitavelmente, ira consolidar seu modelo de negocio.


De todas as empresas que compõem o portfolio de A Plantação, nenhuma fechou o mês positivo ou num valor igual o maior ao da Bovespa. Desta forma em Novembro perdi por goleada, já que o declino do índice foi de –3,54%.


Adicionalmente, efetue uma compra de opções de compra de Ideiasnet (IDNTB11), com vencimento no mês de Fevereiro e com valor de exercício de r$11. O que reforça a aposta.


Non avevano difettato dei messaggeri in questa conclusione dell'anno… Avremo quello per ascoltare tutti i messaggi e per togliere le nostre conclusioni adeguate.


Buona settimana. Buoni commerci.