domingo, março 30, 2008

Devworks: Entrevista com Marcelo Carvalho

A Devworks é uma empresa Brasileira que desenvolve jogos para diversas plataformas e atualmente tem direcionado o seu foco para mundos virtuais e jogos online. Fundanda em 1999, a Devworks é dirigida até hoje pelos seus sócios fundadores, engenheiros de computação formados pelo ITA, com grande experiência no mercado em que atuam, inclusive com publicações internacionais. O faturamento anual da empresa é de R$1 milhão.

Marcelo Carvalho
é Sócio Fundador da empresa, foi também Presidente da ABRAGAMES (2005-2006). No 2007 coordenou a equipe de produção para o lançamento do Second Life no Brasil. É formado Engenharia de Computação no ITA e possui mestrado Inteligência Artificial (Jogos eletrônicos) no Instituto de Matemática e Estatística da USP.

Obrigado Marcelo por conceder gentilmente esta entrevista!!!

(S.B) Imagino que produzir um vídeo game envolve a participação de uma equipe interdisciplinar. De certa forma poderíamos fazer algum tipo de analogia com a produção de um filme, onde existem os roteiristas, equipes de filmagem, atores, diretor, especialistas em som, vestuário, etc. Como é o processo criativo de desenvolver um jogo de vídeo game?

(M.C) É realmente algo tão complexo quanto um filme, o processo criativo acaba correndo em várias etapas e por diversas pessoas. Geralmente o "Lead Game Designer" é responsável pela criação do jogo, junto com diretores criativos, outros game designers e os level designers (que projetam as fases/mapas do jogo). Mas, na prática, existe a participação de um número muito maior de pessoas. Para citar exemplos, o produtor e o produtor executivo participam trazendo uma visão de negócios ao processo criativo, também os gamemasters recebem o feedback da comunidade, os artistas criam todos os elementos visuais do jogo e por aí vai. Como o jogo é criado e produzido com muitas mãos (inclusive a dos usuários), é preciso pessoas experientes no corpo executivo para garantir que exista foco e que o jogo aconteça dentros dos prazos e custos agendados.

De que forma a Devworks investe na produção de jogos (desenvolve por encomenda, cria um projeto e investe na sua produção apostando no seu sucesso)?

Por muito tempo, a Devworks desenvolveu jogos sob encomenda, na forma de serviços, e mesmo tendo sido bem sucedida nesse período, a vocação da empresa sempre foi a criação de produtos voltados para o mercado consumidor. Durante esse período, a empresa experimentou um grande amadurecimento o que a permitiu migrar para esse modelo voltado a produtos, onde seu principal foco hoje está direcionado ao mercado online. A vantagem maior desse modelo é o ganho de escala nos resultados financeiros, uma vez que são realizados grandes investimentos no desenvolvimento e na publicação, mas um grande sucesso em termos de usuários e receita não implica em grandes custos operacionais. É um modelo de alto retorno e de alto risco, porém esse risco pode ser muito minimizado se o jogo é desenvolvido com profissionais experientes (como fazem as empresas fora do Brasil).

Qual o tamanho (em r$) do mercado de vídeo games Brasileiro? E como se posiciona a Devworks neste mercado?

Infelizmente, não existem pesquisas que forneçam informações precisas do mercado brasileiro, mas estima-se que seja um mercado de pouco mais de 250 milhões de Reais e com um grande potencial ainda a ser explorado.Boa parte dessa receita hoje se encontra na mão de empresas que trazem jogos do exterior e publicam no Brasil, enquanto os desenvolvedores brasileiros ainda respondem por uma fatia pequena desse total. O motivo principal é justamente a falta de recursos financeiros, uma vez que o custo de licenciamento de um jogo é menos de 5% ou 10% dos custos de desenvolvimento do mesmo. A Devworks é uma empresa de desenvolvimento e somente publica seus próprios jogos. Dentre os desenvolvedores brasileiros, a empresa ocupa posição de destaque, sendo considerada uma das principais empresas estabelecidas. E uma das poucas de toda a indústria de jogos brasileira que possui histórico de relativo sucesso em produtos desenvolvidos e publicados no Brasil (outras apresentam sucesso com serviços, outras com publicação de produtos, porém desenvolvidos no exterior e outras prometem sucesso porém seu produto ainda se encontra em desenvolvimento).

O desenvolvimento de um vídeo game requer de financiamento, e dinheiro sempre é um recurso escasso. Como a Devworks escolhe os projetos nos quais investir?

Por vezes, em outras empresas, existe um envolvimento emocional maior em um projeto de jogo do que em um projeto de software, justamente porque o jogo mexe com a fantasia das pessoas e apresenta muitas questões aparentemente subjetivas. Como também não acontece no mercado de software, alguém que dedica muito tempo a jogar costuma se sentir um especialista e capaz de opinar no processo de produção de um jogo. E mesmo alguns desenvolvedores com alguma experiência por vezes entram no ciclo de desenvolver jogos para eles próprios e não para seus usuários. Essas e outras questões costumam explicar o fracasso de diversos produtos. Mas a verdade é uma só. O processo de análise de investimento de um jogo é (e precisa ser) exatamente igual ao de outras indústrias. A Devworks escolhe seus projetos essencialmente baseando-se nos riscos envolvidos e no seu potencial de retorno, além do alinhamento dos mesmos com a estratégia e missão da empresa.

Atualmente existe alguma linha de credito do governo para fomentar empresas como a Devworks?

Existem linhas de crédito do governo, mas nenhuma ainda focada em empresas que desenvolvem jogos eletrônicos. Mas existem alternativas que acabam se encaixando por mais que o acesso a elas não seja trivial e exija garantias. Existem linhas de financiamento não-reembolsáveis, essas são geralmente voltadas apenas a custos com pesquisa. Dentre as reembolsáveis, existem algumas oportunidades na FINEP e no BNDES (estuda-se atualmente a produção de linhas mais voltadas para os jogos, assim como existe no cinema). A presença de um investidor costuma simplifcar o acesso a algumas linhas também, uma vez que isso acaba sendo interpretado como uma forma de garantia por parte das financiadoras.

Marcelo, segundo suas projeções, para onde você acredita que o mercado de vídeo games no Brasil esta caminhando?

O mercado de vídeo games no brasil está ganhando contornos muito particulares. Como os consoles de videogame e os PCs sofrem de pirataria e de problemas com tributos, os mercados de celular e online ganharam mais força. Já é possível citar hoje caso de jogo online que tenha faturado mais de 5 milhões de Reais em 1 ano no Brasil. É claro que isso está bem loja do pico internacional, onde um único jogo online ("World of Warcraft") faturou mais de 1 bilhão de dólares em 2007. Mas esse exemplo esclarece bem porque a indústria de desenvolvimento de jogos no Brasil pode ser muito grande. Porque um jogo online que desenvolvido aqui seja sucesso no Brasil, pode ser publicado internacionalmente com custo muito baixo, uma vez que para sua operação no exterior o mesmo só exige o hosting (cujos custos nos EUA são até menores que no Brasil), o suporte em inglês (que pode ser pequeno e crescer gradualmente com o sucesso do produto), a tradução do jogo e do site para inglês (onde os custos não são significativos) e a adaptação do sistema de cobrança (muitas empresas já fornecem essa solução pronta no exterior sem custos fixos). É claro que é preciso incluir a questão do marketing nessa conta, mas é muito comum observar produtos que deram muito certo com verbas de marketing pouco expressivas. Existem muitos modelos de negócio possíveis nesse mercado de jogos online, mas é comum ver jogos que funcionam no modelo de assinatura e cobram mensalidade de US$14,90. Para um jogo produzido no Brasil e publicado internacionalmente, não seria muito difícil atingir 35.000 assinantes, o que já significaria uma receita de mais de 10 milhões de Reais no ano. E sempre existe o risco de que esse número seja muito maior. Por isso que, apesar de saber que diversos segmentos de jogos irão se desenvolver aqui no Brasil, acredito que haverá mais dinheiro sendo investido no desenvolvimento de jogos online nos próximos anos, quando ficar mais vísivel para empresas e investidores o tamanho do potencial que existe no mercado internacional (existe o caso de jogos que receberam investimentos significativos e um deles será lançado ainda esse ano no Brasil e internacionalmente em 2009. Um eventual sucesso desse jogo poderia antecipar o início da corrida dos investimentos no setor).

Se você tivesse que enumerar as principais dificuldades que o negócio de vídeo games (e a Devworks) enfrentam no Brasil, quais seriam?

Do ponto de vista do desenvolvimento, o principal problema é a ausência de recursos financeiros no setor. Porém outras dificuldades existem como o caso da falta de profissionais especializados (problema esse que vem sendo resolvido com o passar do tempo). Alguns desenvolvedores sofrem com problemas de pirataria e impostos, problemas esses que não existem de forma crítica nos jogos para celular e principalmente nos jogos online (quando uso o termo "jogos online", geralmente estou fazendo referência aos MMOGs, Massive Multiplayer Online Games). Nos jogos multiplayer, o "controle da licença" do usuário se encontra no servidor (não na máquina do usuário) e por isso a pirataria não afeta esse mercado.

Veremos em algum momento a Devworks com capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo?

Veremos isso acontecer um dia sim, mas essa realidade ainda não se encontra no curto em no médio prazo da empresa.

Se um investidor estiver interessado em participar financeiramente no desenvolvimento de um vídeo game, e obviamente depois participar porcentualmente em parte dos lucros. A Devworks possui algum tipo de canal para receber aos investidores interessados?

Durante os últimos anos, a Devworks trabalhou no sentido de se preparar para receber grandes investimentos, porém até o momento sem realizar nenhuma busca nesse sentido. Recebendo investimentos prematuramente, os riscos seriam desnecessariamente maiores e a empresa poderia ser sacrificada nesse processo (como aconteceu com outras empresas do mercado de jogos). O momento hoje é diferente e a empresa se encontra em fase final de preparação de um produto voltado a mundos virtuais e jogos online visando o mercado internacional. O primeiro grande sucesso dos mundos virtuais, o Second Life propõe a criação de um mundo virtual de propósito genérico. Existem grandes investimentos de capital de risco no exterior voltados na direção de outros mundos virtuais, alguns de propósito mais específico. E é nessa mistura de mundos virtuais e jogos online, que a Devworks pretende captar investimentos para lançar um ousado produto internacional. Para tanto, a empresa ainda não possui canal específico para receber os investidores, mas pode receber o primeiro contato através do e-mail contato@devworks.com.br.

(Abaixar o arquivo com a entrevista completa)

Mais uma vez, Obrigado Marcelo...
Boa Semana, Bons Negócios!


domingo, março 23, 2008

O estágio crítico.

“Sguendo um etduso da Uvnidridase de Cmarbridge, não iprotma a odrem na que as ltreas etsão eriscats, a úicna csioa que iprotma é que a pmeriira e a útimla ltrea ejastem eriscats na pisçoão crotrea. O rseto pedom etsar tatonelmete mal e msemo aissm pedroá ser lido sem prebloams. Itso é prouqe não lmoes cdaa ltrea por se msema, mas sim a plaavra cmoo um tdoo.”

Cssurioo? E funciona independentemente da língua...

O estágio atual nos mercados pode parecer, em sua primeira leitura, tão confuso como a frase acima. Porem, não foge do padrão de instabilidade e volatilidade de crises anteriores.
Para os historiadores cada evento é único. Para os economistas, existe um padrão em eventos particulares, dos quais pode-se esperar e induzir respostas similares.
Lord Overstone, identificou cinco estágios de euforia antes de que aconteça uma crise financeira:


  1. Quietude,
  2. Melhoria,
  3. Confiança,
  4. Prosperidade,
  5. Emoção,
  6. Crash (Crise Financeira ou Convulsão),
  7. Estagnação,
  8. Final e... Volta à Quietude.
Você pode tentar identificar (no gráfico da Bovespa acima) os estágios pelos quais fomos atravessando e concluir em qual estágio nos encontramos atualmente.

Pode fazer o intento sem temor de cometer algum erro. A interpretação dos fatos vai depender do analise de cada investidor... Ou de cada político... Até mesmo de cada economista, ainda mais se pertencem a diferentes escolas.

Nota: A velocidade com que acontece uma crise é variável, desde seu inicio até sua finalização.

Definitivamente não estamos ante uma crise similar a Grande Depressão de 1929 (não por enquanto). Mesmo hoje, quase 80 anos depois, ainda existem diferentes teorias sobre o que causou a Grande Depressão. As duas principais são: 1. O Crash da Bolsa Americana; 2. Uma serie de erros sucessivos do FED daquela época que estrangulou a disponibilidade do crédito justo quando deveria ter feito o contrario.


Com tudo isto na sua mente, seria interessante começar olhar para frente. O mais longe que você puder... Tentar ganhar dinheiro no curto ou curtíssimo prazo pode ser uma opção, caso seja seu estilo.

Refletir e avaliar cuidadosamente onde e como investir o dinheiro que poupamos trabalhosamente tem que ser sempre a atitude do investidor.

  1. Quais são nossas opções?
  2. Será que dentro de sete meses o cenário não pode ser diferente? Talvez a ação conjunta do FED e do pacote de estimulo ao consumo nos Estados Unidos podem dar certo... No mínimo existe essa probabilidade.
  3. Quais são as opções dos investidores externos?
  4. Qual vai ser a duração desta crise?
Eu não sugiro para ninguém entrar agora no mercado (seja curto ou longo prazo) sem que este alguém esteja preparado para ver seu capital flutuar com intensidade.
Mas, se você esta construindo uma plantação (como eu estou), então você pode acumular ações de empresas (que você acredita tenham futuro) mesmo sabendo que durante o processo pode ser que as compras recentes não sejam lucrativas.

Esta semana temos apresentação do balanço de Ideiasnet (28/3). E temos apresentação do PIB Americano na quinta-feira...

Boa Semana, Bons Negócios!

domingo, março 16, 2008

A Recessão segundo Fortunato.

“Tem muita gente que diz que as coisas estão dando certo no Brasil porque o Lula tem sorte. Obviamente, eu prefiro ser Lula com sorte do que Lula sem sorte, porque não há na vida nada que acontece se a gente não tem um pouco de sorte.” - (Presidente Luis Ignácio “Lula” da Silva, fragmentos do discurso publicado no Jornal O Estado de São Paulo, Sábado 15 de Março, ver aqui).

O Ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou na quinta-feira um pacote de medidas para tentar conter a constante desvalorização do Real frente ao Dólar. (Escutar o pacote anunciado por Mantega).

Na sexta-feira o Banco Central (Meirelles) divulgou a ata da reunião do COPOM onde claramente o COPOM observa pressões inflacionarias e adverte que pode agir em conseqüência, tentando conter estas pressões (ver ata do copom, item 17). Estas medidas não neutralizam de algum forma o pacote anunciado por Mantega?

Ainda na sexta-feira o Presidente Lula, em discurso diz que a economia esta robusta e resistente, que as medidas adotadas pelo governo para conter o Dolar vão beneficiar as exportações do Brasil e que as ações do Banco Central continuaram em linha resguardando aos Brasileiros da ameaça da inflação...

O Presidente Lula falou também que as pessoas tentam atribuir ao acaso a boa situação da economia e não ao seu trabalho.

Em nota publicada no Sábado 15 de Marco, o Ministro de Desenvolvimento, Miguel Jorge, diz que houve exagero do BC na última ata divulgada. Segundo declarações do Ministro, ele acha que do ponto de vista do ministério, não corremos risco de inflação de demanda; A industria é capaz de atendê-la, portanto, não há riscos, em todas as analises feitas por nós. (Declarações do Ministro, aqui).

Imagino que os funcionários do Governo já devem ter feito a seguinte conta em relação ao preço do barril de Petróleo, inocentemente simples:

Fica claro que, embora o preço do petróleo tenha pulado 54% em Dólares, em Reais o pulo foi de 22%.
Os principais (5) parceiros econômicos do Brasil são (em ordem de peso): Estados Unidos u$25,3 bilhões, Argentina u$14,4 bilhões, China u$10,7 bilhões, Alemanha u$7,2 bilhões e Japão u$4,3 bilhões. (Fonte: Banco Central do Brasil e Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior “base 2007”).

A primeira pergunta é: Quanto a desaceleração da economia Americana irá afetar à economia da China e às economias do resto dos paises que compram a maioria dos produtos que o Brasil exporta?

A segunda pergunta é: Quanto tempo vai demorar a economia Americana em voltar a crescer em seus trilhos normais?

Se a China desacelera sua demanda por commodities, isso vai trazer um grande impacto para a economia Brasileira cujos 2/3 das exportações são de produtos agrícolas.
É evidente que, embora o Brasil tenha um grande estoque de aspirinas, se a crise perdurar por muito tempo não haverá aspirina que agüente.

Obviamente, nos resta (entre outras coisas) torcer por Fortunato.

Em paralelo, continuando fiel à estratégia de compra, aumentei novamente o peso de Ideiasnet. Preço de compra das ações r$5,67.

Boa Semana, Bons Negócios.

domingo, março 09, 2008

A Recessão segundo Warren Buffett.



Não se deixe surpreender pelas circunstancias. Somente quando a maré esta baixa é que se pode ver quem está nadando nu. (W. Buffett, reunião anual em Omaha 1993).


Quando Warren Buffett sentenciou em entrevista televisiva na CNBC (veja artigo e vídeo aqui) que os Estados Unidos já estão em recessão e que, inclusive, as ações no mercado americano estão caras... Ele continuava sorridente.

Seu sorriso apenas se inclinou levemente para a esquerda, quando notificou aos quotistas de seu fundo da Berkshire Hathaway que havia investido u$100 milhões no Real Brasileiro. Para surpresa dos Brasileiros, e quem sabe, dos próprios quotistas do fundo...
Ele não foi apocalíptico em suas palavras, porem muitos interpretaram a mensagem desta forma e agiram em conseqüência.

Foi pragmático em dizer que, embora a definição técnica de recessão (2 trimestres consecutivos de queda no PIB) não tenha sido confirmada, os sintomas clássicos de uma recessão estavam visíveis:

  • Diminuição da disponibilidade de credito;
  • Aumento da taxa de desemprego;
  • Queda do consumo;
  • Queda da taxa de juros para estimular a economia;
  • Implementação de um forte pacote econômico visando estimular o consumo.
Ele não soube especificar quanto duraria a recessão. Tecnicamente, pode durar algo entre 6 meses e 18 meses... Tecnicamente, é claro.

Seja como for, não da para ter certeza, mas não parece que o homem esteja deprimido pelo recente desempenho (ruim e medíocre) do mercado de ações. Pelo contrario. Talvez ele consiga ainda somar alguns bilhões mais para segurar o primeiro lugar na lista dos homens mais ricos do mundo. Se for que isto pode fazer alguma diferencia. (Lista da revista Forbes dos maiores bilionários do mundo).

Janet Lowe perguntou para Buffett:
Como um investidor pode ter certeza de que o preço de uma ação subavaliada pelo mercado pode subir?

Buffett respondeu:
“Quando trabalhava na Graham-Newman, fiz essa pergunta para Bem Graham, que era meu chefe na época. Ele simplesmente encolheu de ombros e respondeu que sempre existe a possibilidade de o mercado reagir dessa forma. Estava certo: no curto prazo, o mercado é uma maquina de votar; no longo prazo, é uma balança...”.

Se a recessão Americana irá contagiar, ou não, a China e a China ira contagiar, ou não, ao Brasil, só saberemos de fato nos próximos “emocionantes” meses.

Continuo de olho (e com foco) em Ideiasnet...
Boa Semana, Bons Negócios.


domingo, março 02, 2008

Final da Segunda Temporada.

O 1 de Março de 2006 iniciei a publicação deste blog. Na época ainda não tinham proliferado os blogs que falam sobre investimentos. De lá para cá, a comunidade de blogueiros que escrevem sobre finanças é muito rica e isso é fascinante.

Hoje me despeço de você.
Pode ter certeza que tenho focado sempre, e muito, em transmitir minhas idéias sobre como fazer a gestão de um portfolio de investimentos. A única pretensão é que você aprenda a caminhar com suas próprias pernas no que considerou o deslumbrante mundo dos investimentos...

... Ficaria satisfeito se você hoje já iniciou sua própria Plantação. Ou no mínimo, um quintal.

Estão aqui registrados fragmentos do Guia de Autodefesa do Investidor das Galáxias, publicação que até ganhou alguns adeptos (eu inclusive). Sua primeira aparição foi o 30 de Setembro de 2006, baixo o titulo: Guia de Autodefesa do Investidor das Galáxias.
Depois foram varias outras postagens, como: Crônicas Terráqueas do mercado Marciano e Resumo Epidemiológico do Vírus da Euforia. Entre outras...

Seria difícil escolher uma postagem, tanto quanto a escolha de Sofia (segundo R. Spielmann me falou certa vez). Mas, gosto muito da postagem publicada no 11 de Outubro de 2006: Sempre há um novo arco-íris.

Como alcançar a completa iluminação? (Publicado o 16 de Agosto de 2006) foi uma postagem extremamente simples com uma mensagem extremamente profunda. Percebei isto depois de vários emails...A visão de longo prazo em ingenuidade absoluta.

Ficaria orgulhoso se soubesse que através das reflexões transmitidas neste blog, você ganhou dinheiro e iniciou seu caminho, de uma ou outra forma, rumo a sua independência financeira.

A cada R$1.000 investidos na Plantação em Julho de 2004, hoje foram transformados em r$3.518,42. Atingindo um máximo de r$4.563,13 em Outubro de 2007. (velha o detalhe do rendimento no gráfico):



O futuro é virtuoso se você tiver suficiente paciência, e as vezes coragem, em manter e construir seu portfolio (ou Plantação).

Em resumo se trata de pesquisar e entender o negócio, os concorrentes, a gestão do negocio e o mercado da empresa em questão. Nada que você não consiga fazer através da internet, os jornais, revistas, e relatórios especializados. Claro, que o preço da ação é importante, mas deveria ser a ultima, e não a primeira coisa que você olhe.

Por exemplo, nesta semana temos a reunião de APIMEC da ALL. Você não acha que seria interessante participar? Que acontece com ALL que publicou um bom balanço, mas seu reflexo no preço da ação (ALLL11) esta longe de ser positivo?
É o negocio? A concorrência? A gestão da empresa? Certas incertezas sobre o futuro do mercado podem ameaçar a empresa? E se estas incertezas não se concretizam, não será uma excelente oportunidade para incrementar o peso no portfolio?

Porque não começar dando uma olhada no ultimo balanço apresentado pela empresa (Resultados da ALL aqui)?


E se voce chegou até aqui achando que realmente esta seria minha última postagem, saiba que não foi mais que um ardil “Hollywoodense” para manter você lendo até o final...

Gostaria de agradecer você especialmente (meu sincero muito obrigado!) por acompanhar e opinar, durante todo este tempo, neste espaço virtual.

Despeço-me até o próximo Domingo.
Como sempre... Boa Semana, Bons Negócios!