terça-feira, junho 23, 2009

Fui Pescar

Caríssimos leitores e leitoras.
Venho pela presente postagem notificar você que estou em período de férias.
Como este blog é unicamente escrito por mim, e não tendo quem fique no meu lugar, ficara em suspenso a próxima postagem sobre: O Dinheiro Nos Tijolos (2), assim como também informações relevantes de estratégia de compra/venda, chutes no escuro e erros no claro.

Como correção, após de fazer os cálculos completos relacionados com o Dinheiro nos Tijolos (1), o retorno foi de 48% e não de 40%. Noticia boa!.

Pelo que venho acompanhando o mercado esta novamente um pouco deprimido e conseqüentemente a Bovespa segue a escolta.


Para mim o futuro (embora sempre incerto) se vislumbra positivo. Juros em baixa (os mais baixos da historia do Brasil) deveram surtir seu efeito; Para alegria de uns e tristeza de outros.

Existe a sensação de que a crise esta ficando para trás, mesmo que ainda não se sabe muito bem o que vem pela frente. Colocado em termos automobilísticos poderíamos dizer que a tormenta esta no espelho retrovisor, e que estamos no meio de uma curva de 90 graus sem poder saber o que esta além dela...

Enquanto isso... nada... só não esqueça de desfrutar a vida. E de fechar bem as torneiras... Faz bem para o Planeta, faz bem para seu bolso...

Volto dia 12 de Julho.

Boa Semana, Bons Negócios.

terça-feira, junho 09, 2009

Entrevista com Rodin Spielmann (Ideiasnet).


A venda da Braspag para o Grupo Silvio Santos por R$25 milhões traz para Ideiasnet (detentora de 24,4% das ações da empresa) R$6,1 milhões e inicia uma nova fase de maior dinamismo no portfólio da Holding.
Em entrevista por email, Rodin Spielmann (Diretor de Relações com Investidores) acrescentou informações interessantes relacionadas com o fato relevante (Ver publicação do Fato).

1. Ideiasnet investiu R$232.824 há quatro anos na Braspag, com este resultado multiplicou por 26,2 vezes o capital. Com retorno de 162% ao ano, um excelente negócio!!! A Ideiasnet já tem planos para o novo dinheiro que entrou em caixa?

Investiremos esse caixa com o mesmo intuito de sempre, gerar o melhor retorno possível pro nosso investidor. Temos analisado muitas oportunidades ao longo desses períodos, e entre elas investimentos nas próprias companhias do nosso portfólio para gerar mais posicionamento, crescimento e vantagens competitivas.

2. Sobre o comentário final na publicação no “fato relevante”: O rentável encerramento do ciclo de investimento em uma das investidas da Ideiasnet inicia uma nova fase de maior dinamismo no portfólio.
Neste sentido, que podemos esperar para os próximos 12 e 18 meses?

Pode-se esperar um maior dinamismo no portfólio atual, acredito que a melhor métrica de geração de valor para o acionista de IDNT3 é o fechamento de ciclos como o que realizamos. Algumas de nossas empresas estão muito bem posicionadas em seus respectivos segmentos, e estamos sempre buscando as melhores operações com investidores estratégicos para comprovar ainda mais o modelo de investimento – e desinvestimento – da Ideiasnet.

3. Sem duvidas o negocio fica mais empolgante, sendo que a venda da Braspag representa, pela primeira vez, o fechamento de um ciclo completo do negocio de Ideiasnet. Você considera que este passo (o primeiro de muitos) coloca Ideiasnet no grupo de empresas com negócios mais consolidados e maduros?

Sem dúvida. Na realidade acredito que a maturação da Ideiasnet começou a ser mostrada já em 2007, porém efetivamente só fizemos a 1ª venda relevante agora. Por isso provavelmente seremos percebidos como “empresa de investimentos” e não “holding” a partir de agora.

Obrigado pela entrevista Rodin.

Boa Semana, Otimos Negócios.

domingo, junho 07, 2009

O Dinheiro Nos Tijolos (1).

O triste e simpático passado econômico Latino Americano, das ultimas x (xis) décadas, tem influenciado fortemente a maneira de pensar de milhares de investidores latinos.
Em parte porque as históricas e constantes oscilações de nossas particulares economias têm obrigado permanentemente a quem dispunha de algum dinheiro sobrando, a se proteger e se defender da fatídica inflação e da desvalorização praticamente constante de nossas efêmeras moedas.
Em parte porque a falta de opções ou o acesso intrincado que no passado tinham investimentos em Bolsa ou Títulos Públicos e Privados, deixavam poucas alternativas confiáveis de investimento.

Desta forma, colocar o dinheiro em Tijolos tangíveis e visíveis, transformou-se na alternativa predileta de milhares de investidores latinos.
O imóvel sobrevive a desvalorizações, hiper inflação, e outro tipo de anomalias econômicas bastante conhecidas por uma parcela consideravelmente grande desta região do planeta.

No ano retrasado, juntamente com meu sócio Diego (da SBB), participamos como investidores de um empreendimento imobiliário na cidade de Três Lagoas. Com um rendimento de 40% de Junho de 2008 até Junho de 2009, a experiência além de lucrativa se mostrou extremamente educativa.
Uma coisa é operar no mercado de ações e títulos, outra coisa e fazer um investimento direto numa empresa, envolvendo revisões de contratos, acompanhando o desenvolvimento do empreendimento, participando das decisões do negócio e fazendo uma analise de risco mais detalhado e com menos informações disponíveis da que normalmente estamos acostumados quando se trata de avaliar empresas da bolsa.

Percebemos, claramente, da importância e do peso que tem os gestores do negocio. Da habilidade deles, fundamentalmente, depende o sucesso do negocio.

Em junho de 2008 a crise ainda estava prestes a estourar com força, mas quando a oportunidade se apresentou, em nossa avaliação (Risco/Retorno), resultou ser uma excelente forma de testar nossas habilidades e cheiro para os negócios (fora do circuito da Bolsa).

Compramos a idéia de que em Três Lagoas, o déficit habitacional é tão grande que mesmo sendo uma empresa nova, sem histórico no mercado, sem todo o caminho das pedras ainda descoberto para poder, não só construir os apartamentos, mas também poder vender-los, valia a pena participar.

Desta forma nos deparamos que estávamos analisando uma empresa sem histórico nenhum, cuja primeira operação no negocio era o business case que nos estavam apresentando. Fizemos uma pesquisa paralela sobre o valor do metro quadrado de imobeis em Três Lagoas, olhamos a disponibilidade de ofertas em imobiliárias da cidade (e seu valor de venda) e chegamos a conclusão de que se TODO dava realmente certo, então o investimento poderia realmente valer a pena.

Mesmo que o mercado de ações, nessa época, ainda não tinha mergulhado com toda a força, nos pareceu sadio, inteligente e desafiador embarcar nessa empreitada.

... Procuramos então fazer uma analise detalhada abordando os riscos possíveis, e o retorno (pior retorno/melhor retorno).

(A). Nosso lucro aconteceria quando as unidades fossem vendidas.

Estes são alguns dos riscos que avaliamos no momento de entrar ou não no negocio:
  1. Que as unidades não sejam vendidas mas sejam alugadas por um período de 3 anos. (Isto não era interessante para nos, já que procuramos obter um ganho de capital e não uma renda fixa);
  2. Que a venda das unidades demore mais que 8 meses após de construídas. (Neste caso a taxa de retorno cairia mês a mês);
  3. Não concluir a construção das unidades (seria terrível e perderíamos o dinheiro);
  4. Não obter as habilitações da prefeitura de Três Lagoas. (Teríamos as casas construídas, mas não poderiam ser comercializadas até resolver a situação);
  5. Fim abrupto da empresa. (Qualquer fato inusitado que impedisse aos sócios fundadores continuar com o empreendimento);
  6. Estouro da bolha imobiliária no Brasil. (Neste caso o valor de venda não seria suficiente para cobrir os custos, ou seria muito próximo do custo, gerando uma queda considerável no retorno);
  7. A tese de vender os apartamentos no valor que estávamos cogitando, em realidade era mais uma hipótese.
Com tudo, os números, a mitigação e ponderação dos riscos que identificamos, e principalmente, a vontades de testar nosso “cheiro” para os negócios... Fizeram que de fato invistamos.

Continua...

Boa Semana, Bons Negocios.