domingo, março 09, 2008

A Recessão segundo Warren Buffett.



Não se deixe surpreender pelas circunstancias. Somente quando a maré esta baixa é que se pode ver quem está nadando nu. (W. Buffett, reunião anual em Omaha 1993).


Quando Warren Buffett sentenciou em entrevista televisiva na CNBC (veja artigo e vídeo aqui) que os Estados Unidos já estão em recessão e que, inclusive, as ações no mercado americano estão caras... Ele continuava sorridente.

Seu sorriso apenas se inclinou levemente para a esquerda, quando notificou aos quotistas de seu fundo da Berkshire Hathaway que havia investido u$100 milhões no Real Brasileiro. Para surpresa dos Brasileiros, e quem sabe, dos próprios quotistas do fundo...
Ele não foi apocalíptico em suas palavras, porem muitos interpretaram a mensagem desta forma e agiram em conseqüência.

Foi pragmático em dizer que, embora a definição técnica de recessão (2 trimestres consecutivos de queda no PIB) não tenha sido confirmada, os sintomas clássicos de uma recessão estavam visíveis:

  • Diminuição da disponibilidade de credito;
  • Aumento da taxa de desemprego;
  • Queda do consumo;
  • Queda da taxa de juros para estimular a economia;
  • Implementação de um forte pacote econômico visando estimular o consumo.
Ele não soube especificar quanto duraria a recessão. Tecnicamente, pode durar algo entre 6 meses e 18 meses... Tecnicamente, é claro.

Seja como for, não da para ter certeza, mas não parece que o homem esteja deprimido pelo recente desempenho (ruim e medíocre) do mercado de ações. Pelo contrario. Talvez ele consiga ainda somar alguns bilhões mais para segurar o primeiro lugar na lista dos homens mais ricos do mundo. Se for que isto pode fazer alguma diferencia. (Lista da revista Forbes dos maiores bilionários do mundo).

Janet Lowe perguntou para Buffett:
Como um investidor pode ter certeza de que o preço de uma ação subavaliada pelo mercado pode subir?

Buffett respondeu:
“Quando trabalhava na Graham-Newman, fiz essa pergunta para Bem Graham, que era meu chefe na época. Ele simplesmente encolheu de ombros e respondeu que sempre existe a possibilidade de o mercado reagir dessa forma. Estava certo: no curto prazo, o mercado é uma maquina de votar; no longo prazo, é uma balança...”.

Se a recessão Americana irá contagiar, ou não, a China e a China ira contagiar, ou não, ao Brasil, só saberemos de fato nos próximos “emocionantes” meses.

Continuo de olho (e com foco) em Ideiasnet...
Boa Semana, Bons Negócios.


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