domingo, maio 10, 2009

In (Who) We Trust? (2)

O Guia de Autodefesa do Investidor das Galáxias recomenda: A única forma de se proteger do excesso de auto confiança, e desconfiar “sempre” de todos, especialmente de nos mesmos...
Ainda reforça: Corte sempre suas perspectivas mais positivas em 25%. E aumente as mais negativas em 25%.
Por ultimo chuta: Se você já pagou uma quantidade significativa de reais, e tem a infinitesimal suspeita de que esta preste a repetir o mesmo erro do passado em sua próxima operação, pare, pergunte para seu cachorro e,... não faça nada até ele responder.

A catequização Stock Busteriana, inicia-se sempre pregando com o exemplo pratico obtido de fatos reais, tão reais como os reais que estes fatos representam.

As compras detalhadas no quadro (a) correspondem ao período de auge da crise financeira. Foi quando a marolinha chegou e arrasou com delicadeza quem estava tomando sol na praia. Nesses momentos o estrago na plantação já estava feito e não tinha mais alternativas, a não ser aproveitar os preços baixos.

O problema inicial com esta estratégia foi que a recuperação ainda levou um tempo e o incomodo da flutuação negativa seria contabilizado por mais alguns meses.


Mas apenas alguns meses antes da crise o mercado ainda subia com força. Mesmo com o estouro da bolha imobiliária americana, a contaminação dos bancos com os ativos “podres” e o dano direto que estes causariam em seus balanços, não veria a tona tão claramente até depois da quebra do Lehman Brothers.

Isto ainda contribuiu alimentando a confiança geral do mercado e continuo colocando gás nos preços das ações.

Hoje, fica claro que o problema estava na cara de maduro, e que bastaria a mais mínima das faíscas para que o estouro fosse estrondoso, como foi.

Que aconteceu então? Porque grandes bancos e a maioria dos investidores (grandes e pequenos) contabilizaram perdas generalizadamente?
Acaso falharam nas previsões? Não teve quem avaliasse de forma concreta que a crise que estava próxima seria a mais profunda dos últimos 80 anos?
Falharam os modelos de analise gráfica e fundamentalista?

Foi culpa dos analistas e seu excesso de confiança nos relatórios? Foi culpa dos economistas e seu excesso de confiança no ciclo econômico exuberante da economia mundial? Foi culpa dos políticos e seu excesso de confiança nas políticas económicas e a auto regulação do mercado? Foi culpa dos Bancos Centrais e seu excesso de confiança na política de juros como ferramenta para regular os ciclos económicos?


Resulta evidente olhar hoje em retrospectiva e descobrir que os lotes comprados no quadro (b) foram uma péssima decisão. Claro que quando as coisas acontecem em tempo real, quem não gostaria de poder ter esta certeza?

Como investidores sempre iremos cometer erros. Devemos sempre tentar para que sejam em menor quantidade que os acertos.

Cabe lembrar também que a ausencia de auto confiança e tão perigosa e ruim como seu excesso.

Boa Semana, Bons Negócios.

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