quinta-feira, março 16, 2006

A intepretação dos fatos (parte I)



“Todos os eventos no universo estão sempre sujeitos a algum tipo de interpretação, e muitas vezes a interpretação varia de espectador a espectador.”

Desta forma a análise dos dados disponíveis sobre um determinado evento pode resultar uma mistura de ciência e arte. Logicamente, com mais ciência algumas vezes, e outras com mais arte.

Segue um exemplo (baseado no primeiro capitulo do livro "Memórias de Greenspan", escrito pelo maior interpretador de dados da história contemporânea: Alan Greenspan; que será publicado em breve):

Um evento determinado dentro de nosso universo gerou o fato de meu nascimento. Hoje eu tenho 34 anos, você pode atribuir um grau ilimitado de credibilidade a este dado, aceitar esta realidade e continuar neste exercício de interpretação.


Utilizando um simples cálculo matemático (denominado subtração) pode-se determinar o ano de meu nascimento. Assim, se hoje estamos em 2006, você pode determinar que eu nasci em algum momento entre os anos de 1971 e 1972. Mas ai, você começa procurar alguma pessoa que me conheça melhor para tentar aproximar-se mais a data exata de meu nascimento. Embora que a pessoa que você achou afirme que eu já possuo cabelo branco e barba, ele assegura que meu condicionamento físico observado nos meus treinamentos em bicicleta no parque de Ibirapuera correspondem muito mais a de um homem de 29 ou no máximo 31 anos que do que um homem de 34.

Normalmente estes dados têm um valor limitado de credibilidade e vêm carregados com um alto grau de ceticismo. Certo? Não interessa, continuemos..

Considerações sobre nascimento levam inexoravelmente a difícil questão da ascendência. Pesquisas recentes lançaram dúvida considerável sobre a crença popular que somos filhos daqueles que fomos levados a considerar que são nossos pais. Assim, se tomássemos uma atitude prudente, daríamos um credito moderado a minhas recordações de ter nascido numa família espanhola/argentina na cidade de La Plata.

Mas, dada a relativa falta de evidências para apoiar qualquer outra hipótese, seja ou não infundada, pode ter certeza que nossa tendência sempre será optar pelo dado imposto popularmente.
Ainda ai?
Obrigado...

Você já deve estar percebendo... para onde estamos caminhando.

Tudo evento pode ser analisado através de um conjunto de dados, nos quais o espectador poderá atribuir um credito limitado ou ilimitado com maior o menor grado de ceticismo.
(continua...)

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