domingo, novembro 23, 2008

Buscando um Porto Seguro.


“Pedro Álvares Cabral, achou seu Porto Seguro lá pelos anos de 1500, e deu inicio à colonização e a historia do Brasil...”

E se Dom Cabral tivesse avaliado na época, que o Porto Seguro não era tão seguro assim e, conseqüentemente, ordenasse continuar navegando?

Como Investidores muitos procuram um porto seguro, ainda mais nesta época em que o mar esta muito agitado. Um investimento pelo qual se obtenha um retorno satisfatório em troca de um risco mínimo ou inexistente.

Sabemos que não existe investimento sem risco, e que não necessariamente o retorno esta associado ao risco do ativo.

Confiscos da poupança, calote de títulos públicos, apartamentos que nunca terminaram de serem construídos ou que devem ser vendidos a preços menores que os pretendidos, bancos que fecham suas portas, ações que despencam, empresas que quebram, Moedas que afundam, Ouro que reluz de tempos em tempos, aposentadorias que se evaporam...

A historia esta repleta de exemplos de investimentos sem risco (ou de risco controlado) que engolirão o dinheiro do investidor.
Alguém sabe dizer quem pagou a conta dos POPs, aqui no Brasil (POP: investimento em renda variável com proteção, limita o ganho e limita a perda)? Por que os bancos não estão divulgando com insistência esse tipo de investimento tão vantajoso para o investidor nas circunstâncias atuais?

Particularmente acho importante ter investimentos com diferentes tipos de risco. Mas, cada investidor deve encontrar qual é seu nível adequado de diversificação, baseado: não em quanto dinheiro quer obter de retorno, mas sim em quanto dinheiro esta disposto há perder. Qual é sua real tolerância ao risco? Isto porque sempre erramos em algum momento, e será nesse momento que as perdas vão aparecer!

O mundo continua atordoado pela desconfiança global. Com o passar do tempo (dias, semanas, meses) uma idéia que hoje parece absurdamente suicida irá ganhando força, uma vez que certo nível básico de certeza seja alcançado aqueles que entesouraram durante este tempo ativos seguros (ex: Dólar, Ouro, Títulos do tesouro Americano) decidiram voltar ao mercado e pagaram seu preço por isto.


A idéia que estou tentando transmitir aqui é que não adianta comprar um seguro após ter batido seu carro. O preço que você deverá pagar nessa transação inviabiliza o negócio.

Lembrando, alias, que esses ativos hoje pagam retornos praticamente nulos, que não asseguram sua deterioração em relação ao poder de compras e, terminarão ao longo do tempo apagando o fruto de seu trabalho.

O dilema, claro, não é pequeno. Minha intenção não é dar uma resposta certa nesta postagem, mesmo porque eu não a tenho. Pretendo sim, fazer você refletir.

Guardada as devidas proporções, com Dom Cabral, suas escolhas e decisões irão afetar seu próprio porvir financeiro. Você colhera os frutos que você plantou hoje, no futuro.

Boa Semana, Bons Negócios.

Nenhum comentário: