A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (sigla FAO em inglês), publicou seu índice de preços dos alimentos atualizado.
No gráfico facilmente se constata que a escalada dos preços dos alimentos não é um fenômeno recente, mas sim a consolidação de um processo que se iniciou no 2002. Embora se acelerou consideravelmente apartir de 2006.
O índice de preços de Alimentos (Food Index Price) esta composto por 5 commodities, sendo a Carne, o Leite, os Cereiais, Aceites e Gorduras, e o Açúcar. (Conferir a tabela fonte e detalhe da composição e calculo do índice, aqui).
O indice que cresceu 51% em relação ao mesmo período do ano passado, teve sua principal valorização nos preços dos Cereais (entre os quais se encontra o Arroz), dos Aceites e Gorduras, e em menor medida as Carnes, os produtos lácteos e o Açucar. Este último é o único que apresentou queda considerável desde Fevreiro deste ano.
Nesta semana temos a reunião do FED (quarta-feira) que irá definir a taxa de juros Americanos. Não gostaria estar nas calças do Bernanke, porque o dilema deve ser do tamanho do Grand Canyon. Bernanke vai ter que descidir se ataca a inflação crescente aumentando a taxa de juros, tentando desestimular o consumo no Estados Unidos. Se Mantem a taxa nos valores atuais, que na minha opinião seria o mais sensato. Ou, se abaixa a taxa de juros para aquecer a economia Americana que ainda sofre com os efeitos da crise de creditos hipotecários (conhecida como SubPrime), mas chuta a inflação forte alto e longe...
O fenômeno da Inflação, não é algo exclusivo dos Americanos. Na realidade a maioria dos paises do mundo apresentam índices de preços ao consumidor crescentes. Brasil também é um exemplo disto.
Muito tem se falado nesta últimas semanas sobre a verdadeira eficácia dos Bancos Centrais do mundo em combater esta nova escalada inflacionaria. Fala-se de inflação de demanda, que não é mais do que uma demanda maior por alimentos no mundo, do que o mundo pode produzir. Sendo assim, mesmo que se aumentem as taxas dos juros, qual é o real efeito disto nas vontades de comer mais e melhor dos quase 7 bilhões de habitantes?
Tem quem afirme que a época dos alimentos mais baratos pode ter chegado ao seu fim. Só uma mudança trascendental nos custos de produção e transporte poderiam ter um impacto significativo no preço final.
Os custos do transporte estão afetados pela forte alta no preço do petróleo. Pode um novo combustível vir a sustitiur ao petróleo de forma de fomentar um novo shock produtivo? Como foi o caso da informática na década do 90... Talvez no futuro, mas nada disso se vislumbra no curto prazo...
O resultado deste processo inflacionário pode vir alterar o ciclo de crescimento da economia mundial e do Brasil. A alteração do cenário pode ser significativa, ou não... Na verdade por enquanto só existem hipoteses... E bom ficar atento.
No gráfico facilmente se constata que a escalada dos preços dos alimentos não é um fenômeno recente, mas sim a consolidação de um processo que se iniciou no 2002. Embora se acelerou consideravelmente apartir de 2006.
O índice de preços de Alimentos (Food Index Price) esta composto por 5 commodities, sendo a Carne, o Leite, os Cereiais, Aceites e Gorduras, e o Açúcar. (Conferir a tabela fonte e detalhe da composição e calculo do índice, aqui).
O indice que cresceu 51% em relação ao mesmo período do ano passado, teve sua principal valorização nos preços dos Cereais (entre os quais se encontra o Arroz), dos Aceites e Gorduras, e em menor medida as Carnes, os produtos lácteos e o Açucar. Este último é o único que apresentou queda considerável desde Fevreiro deste ano.
Nesta semana temos a reunião do FED (quarta-feira) que irá definir a taxa de juros Americanos. Não gostaria estar nas calças do Bernanke, porque o dilema deve ser do tamanho do Grand Canyon. Bernanke vai ter que descidir se ataca a inflação crescente aumentando a taxa de juros, tentando desestimular o consumo no Estados Unidos. Se Mantem a taxa nos valores atuais, que na minha opinião seria o mais sensato. Ou, se abaixa a taxa de juros para aquecer a economia Americana que ainda sofre com os efeitos da crise de creditos hipotecários (conhecida como SubPrime), mas chuta a inflação forte alto e longe...
O fenômeno da Inflação, não é algo exclusivo dos Americanos. Na realidade a maioria dos paises do mundo apresentam índices de preços ao consumidor crescentes. Brasil também é um exemplo disto.
Muito tem se falado nesta últimas semanas sobre a verdadeira eficácia dos Bancos Centrais do mundo em combater esta nova escalada inflacionaria. Fala-se de inflação de demanda, que não é mais do que uma demanda maior por alimentos no mundo, do que o mundo pode produzir. Sendo assim, mesmo que se aumentem as taxas dos juros, qual é o real efeito disto nas vontades de comer mais e melhor dos quase 7 bilhões de habitantes?
Tem quem afirme que a época dos alimentos mais baratos pode ter chegado ao seu fim. Só uma mudança trascendental nos custos de produção e transporte poderiam ter um impacto significativo no preço final.
Os custos do transporte estão afetados pela forte alta no preço do petróleo. Pode um novo combustível vir a sustitiur ao petróleo de forma de fomentar um novo shock produtivo? Como foi o caso da informática na década do 90... Talvez no futuro, mas nada disso se vislumbra no curto prazo...
O resultado deste processo inflacionário pode vir alterar o ciclo de crescimento da economia mundial e do Brasil. A alteração do cenário pode ser significativa, ou não... Na verdade por enquanto só existem hipoteses... E bom ficar atento.
Boa Semana, Bons Negócios.
(Fontes: fao.org; oil-price.net).
2 comentários:
Stock!
pegando como gatilho a sua frase
Nos investimentos, se você esta perdendo deve sair logo... Se você esta ganhando deve permanecer até que a situação se reverta. (Reminiscences of Stock Operator, Edwin Lefèvre).
gostaria de saber se vc tem uma estratégia de saida, caso a coisa va para o brejo!
Muito bons seus posts!
Jefferson
Olá Jefferson,
Todo investidor sempre deve ter em mente que em algum momento deverá sair do mercado.
Aprendi que o melhor momento para sair do mercado é quando todo mundo esta querendo entrar.
Mas, claro, se infelizmente fomos pegos por uma castastrofe que levou as coisas para o brejo (como voce colocou), bom... nesse caso nao resta mais do que vender todo ao melhor preço que conseguir... Isto, se voce nao consegue resistir a temporada no brejo (as vezes também pode ser a melhor estratégia). Se as coisas estão mal, no 98% das vezes, o melhor é concentrar-se em aumentar as posições e não em fechar-as.
No 2% restante... a saida é a única opçao.
Espero ter respondido...
mantemos contato,
Stock Buster.
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